Brigadistas do município de Barra da Estiva reclamam que funcionários da prefeitura pediram a entrega dos equipamentos para combate a incêndios florestais, como macacões, bombas costais e abafadores, da sua sede na última segunda-feira (16) e, por conta disso, estariam sem possibilidades de combater incêndios, caso ocorram. O presidente da brigada ‘Os Guerreiros BVCIF’, Edvaldo Miranda Alves, disse que foi pego de surpresa com a decisão.
“Só queríamos o apoio da prefeitura para alimentação, carro e uma sede. Responderam que iam cortar a sede. Aí conseguimos um lugar para colocar os equipamentos e eles [a prefeitura] pediram que esse material, doado pela Defesa Civil, ficasse na prefeitura e quando houvesse fogo a gente fosse pegar”, afirmou ao Jornal da Chapada.
Conforme informações passadas pela nova administração, sob comando de João de Didi (PTB), o material ainda não foi recolhido, mas será para que seja realizado um levantamento do patrimônio da prefeitura. “Estamos fazendo isso em todos os órgãos que contam com apoio da prefeitura, não só com a brigada”, informou o advogado que representa o município, Tasso Marinho.
O advogado disse que a nova gestão quer saber o patrimônio que está sob sua gerência e não tem nenhuma intenção de acabar com o apoio à brigada. “Eles fazem um trabalho importante, é um serviço para todos nós”, afirmou Marinho ao revelar também que a prefeitura está à disposição da brigada.
Para Edvaldo, dessa forma operacional a situação fica complicada, principalmente em sua funcionalidade. “Se a gente precisar sair para combate às 23h, quem vai atender os brigadistas?”, questionou o presidente da brigada. Neste momento, caso haja um incêndio florestal, os brigadistas estão sem equipamentos de proteção e combate. Mas o advogado Tasso afirma que o canal com a prefeitura de Barra da Estiva é aberto para qualquer hora do dia ou da noite para os brigadistas, como sempre ocorreu.
Ainda segundo o advogado, algumas informações dos brigadistas não refletem o que de fato acontece. “As declarações de Edvaldo não condizem com a realidade, pois o material foi adquirido pela prefeitura confirme notas arquivados na Secretaria de Meio Ambiente. E a prefeitura não pegou nenhum material até o momento. Só encaminhamos ofício para o levantamento e registro do material hoje [terça]. Então, não há em que se falar de problemas ou falta de material para combate”, completa.
Jornal da Chapada