Há um bom tempo, novelas e filmes ganharam concorrentes de peso no gosto dos brasileiros: as séries, principalmente dos canais pagos. Algumas delas são famosas por um bom elenco ou uma história que prende a atenção do público a cada episódio. E isso acontece com The Walking Dead (TWD) que já está na oitava temporada. Ela é baseada na história em quadrinhos escrita por Robert Kirkman, que retrata a vida num Estados Unidos pós-apocalíptico o qual um grupo de sobreviventes – liderado pelo policial Rick Grimes, sua família e outros – segue viajando à procura por uma nova moradia segura e distante dos mortos vivos.
No entanto, TWD não se trata simplesmente de uma série recheada de Zumbis, é o que afirma o Youtuber Felipe Salazar, criador do canal FoxWalkerBR. Segundo ele, o que muitas pessoas, até aquelas que não perdem um episódio, não conseguem perceber é que a série não se trata de uma história sobre zumbis. “Mesmo com todos os elementos que possam discordar disso, como o surgimento massivo de zumbis e as mortes que acontecem durante os episódios, ela não se trata disso. É muito mais sobre relacionamentos entre pessoas, principalmente diante de situações críticas”, comenta.
Salazar diz que, da primeira até a sétima temporada, o público acompanhou um grupo bem heterogêneo e em vários momentos o problema central não se tratou dos mortos vivos. Para o Youtuber, muitas vezes o conflito da trama gira em torno do social, na forma como os personagens interagem entre eles, as questões psicológicas e como cada um reage a mesma situação de diferentes formas. “É interessante observar que, ao longo da história, alguns personagens mudam de comportamento e se adaptam diante das condições impostas pela luta diária”.
“Durante a série, é possível perceber como o ser humano pode mudar o seu jeito de ser e de encarar o mundo e as outras pessoas, principalmente, quando a sua sobrevivência depende disso”, ressalta. Por esse motivo, o crítico e criador do canal FoxWalker no Youtube afirma que TWD não é uma simples série sobre mortos que andam. Ao contrário, é uma trama que aborda elos sociais e afetivos de “pessoas vivas”. “Como por exemplo, a formação de laços de amizades, conflitos sociais, amigos virando inimigos (e vice-versa) e relacionamentos amorosos”.
“Lá no fundo, a série se trata de uma análise comportamental diante de algum caos social. Mesmo num mundo caótico, as pessoas ainda conseguem se organizar em grupos e tentam conviver com suas diversas diferenças. É a eterna luta pela sobrevivência do ser humano”, conclui.
Quer saber mais sobre essa análise? Acesse ao link: https://www.youtube.com/watch?v=EHWwaYSbhqk&t