A cidade de Lajedinho receberá nos próximos anos uma das mais modernas fábricas de cimento do Brasil. O empreendimento da empresa CPX Baiana conta com as mais sustentáveis tecnologias disponíveis no mundo utilizadas pelas novas fábricas na Europa e Estados Unidos. Elas garantem a preservação do meio-ambiente e geram produtos de alta qualidade que abastecerão as lojas de materiais de construção da Bahia e outros estados do Nordeste.
Segundo informações enviadas ao Jornal da Chapada, tratam-se de equipamentos com alta eficiência energética, resultando em baixo consumo de energia elétrica e de combustível. Os filtros são com alta eficiência, que retêm 99,9% do pó gerado, o que significa um processo produtivo limpo. São tecnologias que permitirão um consumo de água 40% menor que em uma fábrica de cimento convencional e de mesmo porte.
Ainda conforme informações o baixo consumo de água é assegurado também pelo método de fabricação de cimento, que será pela via seca. A água será obtida exclusivamente de poços profundos dentro da própria fazenda da empresa, que serão suficientes de acordo com estudos hidrogeológicos. O tratamento dos efluentes sanitários, por sua vez, será integral, numa Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Quem passará pela estrada sequer verá a fábrica ou a mina, que ficarão protegidas atrás de um morro e pela vegetação presente no entorno, não impactando qualquer unidade ou área de preservação.
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Isto também servirá como barreira natural ao som, preservando a qualidade de vida das populações mais próximas. “No local não foram encontradas espécies ameaçadas. Nenhuma caverna será afetada pelo empreendimento. O estudo de cavernas foi completo, e inclusive já foi apresentado em um congresso de especialistas no assunto. O Estudo de Impacto Ambiental feito para a fábrica de Lajedinho é o mais detalhado levantamento socioambiental já realizado nesse trecho do semiárido”, aponta texto enviado ao Jornal a Chapada.
Contando com a participação de especialistas em plantas, animais, cavernas e arqueologia, a pesquisa comprovou que a área diretamente afetada é bastante reduzida e limitada ao entorno da fábrica, já previamente degradada pela pecuária. “A implantação desta fábrica tem o potencial de revitalizar a economia dessa região do semiárido, uma das mais carentes do estado da Bahia, pois uma fábrica de cimento pode impulsionar uma ampla gama de negócios que vão de postos de gasolina, oficinas e borracharias para atender os caminhoneiros a serviços de hotelaria, alimentação, segurança, uniformes etc”, afirmam os responsáveis pelo empreendimento.
Isso sem falar no fortalecimento da construção civil na Bahia, que ainda precisam trazer cimento de outras regiões do país para garantir seu consumo. A nova fábrica de cimento deverá entrar em operação em até dois anos e meio após o início de suas obras. Durante o pico da fase de construção, podem ser gerados até 2 mil empregos. Já na fase de operação, serão cerca de 200 empregos diretos e outros 600 indiretos.
Para assegurar que o máximo possível das vagas sejam preenchidas por moradores dos municípios próximos ao empreendimento, a empresa formalizará parceria com o Senai para qualificação e treinamento específicos. O projeto foi apresentado para representantes da população em oficinas realizadas em Lajedinho, Povoado de Simpatia, Ibiquera e Wagner. Nessas reuniões, que antecederam a Audiência Pública, os participantes puderam conhecer os detalhes do empreendimento e tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas. A próxima audiência está marcada para o dia 28 de abril, em Lajedinho. Com informações de assessoria.