A militante transexual do PSOL de Presidente Dutra, Bárbara Trindade, mais conhecida como “Babi”, de 22 anos, foi vítima de uma tentativa de homicídio no último dia 2 de abril. De acordo com o Atestado Médico emitido recentemente, a transexual sofreu uma tetraplegia traumática e vai perder todos os movimentos do corpo. O principal suspeito do crime é Domingo Mendes, morador do município, com quem a transexual mantinha um relacionamento amoroso.
Segundo informações de familiares, após os boatos do envolvimento sexual terem repercutido entre os moradores da cidade e nas redes sociais, Domingo convidou Babi para um encontro próximo a Câmara de Vereadores da cidade, por volta das 23hs do dia 2 de abril, e deflagrou dois tiros que atingiram o maxilar e a coluna vertebral, conforme consta no Boletim de Ocorrência nº 86\2017, registrado na Delegacia Territorial de Presidente Dutra, Departamento de Polícia do Interior 14º COORPIN- Irecê.
A transexual encontra-se ainda internada no Hospital Regional de Irecê, em estado grave, na Semi-UTI, aguardando a realização de uma cirurgia para retirar a bala que ficou alojada nas costas. Domingo Mendes está preso na Delegacia de Presidente Dutra, mas já deu entrada em um pedido de Habeas Corpus. O PSOL vai entrar com uma ação no Ministério Público e na Procuradoria Geral para solicitar, em caráter de urgência, as medidas jurídicas cabíveis. Para o presidente Estadual do PSOL na Bahia, Ronaldo Santos, a tentativa de homicídio que ocorreu com Babi representa mais um crime de homofobia.
“Infelizmente, esse não é um caso isolado! Todos os dias centenas de companheiras sofrem ataques físicos, psicológicos e emocionais. O PSOL vai judicializar o fato para que Domingo Mendes seja punido de acordo com a Legislação em vigor no país”, garantiu. O psolista destaca que a sigla defende a diversidade sexual e possui muitos militantes da comunidade LGBT. “Vamos entrar com essa questão na Justiça para que esse crime não passe despercebido e o criminoso seja punido”, ressaltou Santos.
A militante do Coletivo LGBT do PSOL Irecê, Ruby Santos, destaca que os crimes de homofobia são recorrentes na região e as gestões municipais não possuem amparo jurídico eficiente para combater os casos. “Travamos uma batalha cotidiana na luta pelo acesso às políticas públicas e mais proteção legal”, frisou. O Grupo Feminista Aracema está dando apoio jurídico ao caso. A família de Babi pede doações para ajudar a comprar a cadeira de rodas e as fraldas geriátricas.
Doações:
Agência: 0780
Operação: 013
Conta: 00074700-2 – Renata Silva Ferreira
Caixa Econômica Federal.