Apesar do acordo firmado ontem para assegurar a proporcionalidade das principais tendências petistas no Processo Eleitoral Direto (PED), garantindo a paz no PT até a realização da convenção estadual, muita gente na sigla já acredita na possibilidade de apresentação de um nome consensual à presidência do partido como forma de sanar definitivamente os conflitos internos decorrentes das acusações mútuas de fraude nas eleições para a renovação dos diretórios municipais e dos delegados ao encontro estadual.
Entre os mais citados está o do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Esta hipótese chegou a ser cogitada na semana passada pelo atual presidente da agremiação, Everaldo Anunciação, candidato à reeleição, ao avaliar o conturbado quadro sucessório no partido e os apoios que agregou para tentar se reeleger. Já contaria também com simpatizantes próximos ao governador Rui Costa e o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, que apoiam a reeleição de Everaldo.
Pelo acordo firmado sob a batuta da direção nacional petista, ontem à noite, as tendências CNB, que apresentou a chapa encabeçada pelo atual presidente, e EPS, liderada pelo deputado federal Valmir Assunção, ficaram com 52% dos delegados à convenção estadual, o que praticamente assegura a recondução de Everaldo, a concorrente Muda PT, que apoiou a candidatura do deputado federal Waldenor Pereira, ocupará 45% das cadeiras do encontro e a corrente O Trabalho, 3%. Fez parte do acordo ainda o adiamento, para o próximo dia 19 de maio, do Congresso que o partido faria neste sábado para escolher seu novo comando. As informações foram extraídas do Política Livre.