Com a falta de regulamentação da jazida de ametista descoberta há 20 dias em Sento Sé, município no norte do estado, a extração do minério no local é ilegal. Conforme o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), uma equipe do órgão foi ao local nesta terça-feira (16) para fazer uma vistoria e tomar as providências necessárias após a análise. Ainda não há informações se o terreno explorado por garimpeiros há mais de 15 dias na Bahia é particular.
Conforme a legislação brasileira, independente disso, todo e qualquer material encontrado abaixo do solo, em território brasileiro, pertence à União e precisa de regulamentação para ser explorado. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE), o único garimpo de ametista reconhecido no estado é o da cidade de Licínio de Almeida, na região sudoeste da Bahia.
A mina na região norte fica na Serra da Quixaba, a cerca de 54 quilômetros do centro de Sento Sé, não possui infraestrutura, mas isso não tem preocupado garimpeiros de todo o país, que lotaram os hotéis e pousadas do município para tentar achar ametistas no local. Desde que a mina foi encontrada pelo menos oito mil pessoas passaram pela cidade.
Para chegar à jazida, é preciso seguir por mais 50 quilômetros em uma estrada de terra de difícil acesso, e subir os três mil metros de altura até o topo da serra. No garimpo tudo é improvisado, desde o espaço de mineração às negociações. O preço do quilo varia de R$ 500 a R$ 3 mil.
Elson Pimentel, que lapida pedras na cidade há 20 anos, se surpreendeu com a qualidade das ametistas encontradas na região. “As pedras do garimpo da Quixaba são maiores, e quando a pedra é maior e a pureza é melhor, o preço dela aumenta, a lapidação vai melhorar com isso”, contou. Jornal da Chapada com informações do G1BA.