A crise política e a busca de financiamento para projetos foram alguns dos temas do Fórum Permanente de Governadores, ocorrido na residência oficial do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), na última terça (29) em Brasília. Um dia após se reunir com os gestores e com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o governador Rui Costa (PT) afirmou que o encontro aconteceu em função do projeto de convalidação dos incentivos fiscais. O chefe do executivo estadual falou sobre o assunto na última quarta (31), na União dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador, durante a assinatura de adesão da Bahia ao programa Garantia-Safra.
Questionado se houve algum consenso entre os governadores sobre mudança na Constituição Federal garantido eleições diretas, com a possível saída de Michel Temer (PMDB) do governo, Rui afirmou que o assunto não foi tratado na reunião. A especulação em torno do tema se dá porque é o presidente da Câmara que assume o comando do país por 30 dias e convoca eleições indiretas. Diante da crise, rumores davam conta de que o encontro serviria para alinhavar a saída do presidente. O projeto de lei complementar (PLP) 54/2015 que regulariza os incentivos trata da convalidação dos benefícios a empresas já concedidos pelos estados e estipula normas para o fim desses incentivos.
A proposta foi aprovada em abril de 2015 pelo Senado, mas está parada na Câmara dos Deputados. “O Nordeste precisa atrair mais investimentos. Toda mudança nas isenções fiscais concedidas pelos Estados às empresas é de nosso total interesse. Isso está sendo discutido na Câmara dos Deputados e nós viemos apresentar a posição unânime da região. […] O país é maior do que as dificuldades. Minha determinação é o consenso e a solidariedade entre os estados”, escreveu o governador nas redes sociais durante o encontro na capital federal.
Além de Rui e Rollemberg, também participaram do encontro em Brasília o governador do Mato Grosso, Pedro Taques; de Goiás, Marconi Perillo; do Acre, Tião Viana; do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão; de Minas Gerais, Fernando Pimentel; do Tocantins, Marcelo Miranda; de Alagoas, Renan Filho; de Pernambuco, Paulo Câmara; de Sergipe, Jackson Barreto; do Piauí, Wellington Dias; do Ceará, Camilo Santana; do Rio Grande do Norte, Robinson Faria; de São Paulo, Geraldo Alckmin; e do Maranhão, Flávio Dino. As informações são da Tribuna da Bahia.