A Universidade Federal da Bahia (Ufba) iniciou o processo de preparação para a realização do Fórum Social Mundial 2018 (FSM 2018), que tem como tema “Resistir é criar, resistir para transformar” e acontecerá de 13 a 17 de março de 2018. O Fórum reunirá movimentos sociais de todos os continentes com o objetivo de elaborar alternativas para uma transformação social global e tem a expectativa de atrair mais de 60 mil pessoas à cidade de Salvador. “Como anfitriã desse grande evento, as dependências da Ufba são um ambiente propício para refletir sobre o realismo e a utopia indispensáveis à transformação contínua e virtuosa da sociedade”, pois, observou o reitor João Carlos Salles, “a Universidade é um lugar de debates, críticas, questionamentos e interesses diversos”.
Desde já, está em curso uma construção coletiva que culminará no Fórum em 2018. A Ufba, por exemplo, realizará seu o Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão, no próximo mês de outubro, com a abordagem de temas que estarão presentes no FSM 2018, informou o reitor. Além disso, a Ufba terá a oportunidade de reforçar os laços entre seus diversos grupos de pesquisas cujas temáticas são comuns aos vários movimentos sociais que estarão presentes no Fórum, disse Salles, durante entrevista concedida na última quinta-feira (1º), ao programa Multicultura, na rádio Educadora FM de Salvador.
O coordenador nacional de entidades negras, Gilberto Leal, concordando com o reitor, disse que essa edição do FSM 2018 será muito importante porque, além do evento estar retornando ao Brasil, “é a primeira vez que acontece numa cidade do Nordeste, num momento em que se travam grandes debates no mundo e, portanto, colocará em contato lutas de diversos lugares com problemas que vão desde os refugiados que fogem de países no Oriente Médio, às questões políticas relacionadas aos governos da França, EUA, lutas das mulheres, xenofobia e muitas outras”.
Também enxergando o contexto político e social como ímpar, o representante da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais e membro do FMS, Damien Hazzard, observou que “a evolução da economia se ergue em conflito com as democracias”. “É necessário reinventar o pensamento para buscar estratégias de convivência a fim de estabeleceu um mundo com mais justiça”, finalizou. Jornal da Chapada com informações de Ascom.