Atento aos aspectos preventivos da saúde, o Planserv – Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais faz questão de alertar seus beneficiários quanto aos cuidados com os fogos de artifício utilizados nos festejos juninos. Neste período, cresce o número de acidentes causados pelo manuseio de bombas, rojões, foguetes e brincadeiras junto a fogueiras. Queimaduras podem ser prevenidas, mas se ocorrerem devem receber o tratamento adequado.
Para evitar problemas, é importante garantir a supervisão constante de crianças durante o manuseio de fogos de artifício. Além disso, as pessoas devem ficar atentas às recomendações dos fabricantes de fogos, evitando comprar os de fabricação caseira ou clandestina ou transportar/armazenar grandes quantidades de artefatos, pois uma explosão pode ser fatal. Não acender fogueiras jogando álcool ou outro líquido inflamável diretamente nas chamas é uma decisão inteligente. Além disso, soltar balões é um crime que pode provocar grandes tragédias.
Dicas
De acordo com a enfermeira do Núcleo de Feridas do Planserv, Daniele Vieira, existem três tipos de queimaduras que exigem cuidados diferenciados. Tanto no caso da de primeiro grau, em que a pele fica avermelhada, quanto na de segundo grau, em que há formação de bolhas e a dor é mais intensa, e de terceiro grau, mais grave, é aconselhável lavar a região afetada em água corrente por pelo menos cinco minutos para esfriar a pele, e, em seguida, buscar atendimento médico imediato. “Mesmo que não esteja sentindo dor, o paciente queimado não deve remover, por conta própria, tecidos, pólvora, papel ou qualquer objeto que estiver grudado na pele, para não piorar a lesão. Só o médico saberá como fazer isso da melhor forma”, explicou a enfermeira.
Outras dicas importantes são: nunca furar as bolhas, não tocar a área afetada e jamais usar gelo, manteiga, pomadas, borra de café, clara de ovo, creme dental ou qualquer outro produto doméstico, ação que pode piorar a lesão ou causar infecções muito graves. “A queimadura também não pode ser coberta com algodão ou qualquer outro material. E, se as roupas também estiverem em chamas, a pessoa afetada não deve correr. Ao invés disso, deve deitar no chão e rolar. Um lençol ou pano úmido pode ser posto sobre a roupa, mas não sobre a pele queimada”, alertou Daniele.
Equipes de saúde podem agir de modo a evitar sequelas de queimaduras, tais como a formação de feridas crônicas, perda de partes anatômicas do corpo ou até de membros. Através de cirurgias, é possível recuperar a função de membros comprometida pela queimadura. A aparência da pele, porém, nem sempre se recupera plenamente. Vale lembrar que, conforme o Decreto nº 9552/2005, o Planserv tem cobertura para cirurgia plástica apenas quando comprovadamente necessária para fins de recuperação de algum órgão ou membros. “Prevenir é a melhor opção”, conclui a enfermeira.