A manhã desta sexta-feira (30) foi marcada por diversos trancamentos de BRs, de pontes e vias de acesso importantes nas principais cidades da Bahia para dizer não à retirada de direitos implementada pelo governo de Michel Temer (PMDB). Em seis regiões do estado foram mobilizadas mais de 10 mil pessoas. Cerca de quatro BRs, duas pontes, uma BA e uma empresa de gasoduto da Petrobras pararam totalmente. A BR 101, por exemplo, teve o trânsito interrompido em três pontos diferentes: na entrada de Teixeira de Freitas; entre os municípios de Itabela e Eunápolis; e próximo a Itagimirim.
Duas grandes ações aconteceram no norte do estado. A primeira foi o trancamento da BR 235 em dois pontos, Remanso e Casa Nova, o que mobilizou 1.400 trabalhadores e trabalhadoras, em sua grande maioria, assentados e acampados da Reforma Agrária. Em seguida, foi a paralisação da Ponte Presidente Dutra, em Juazeiro, com a participação de 5 mil pessoas ligados as centrais sindicais, partidos de esquerda e movimentos sociais.
No município de Paulo Afonso, a BR 110, e em Abaré, na BR 116, trabalhadores Sem Terra fecharam as pistas e pautaram a saída de Temer do governo. Nesse sentido, Socorro Varela, da direção estadual do MST, destaca a importância das mobilizações para barrar os retrocessos contidos nas reformas trabalhista e previdenciária. “Estamos em luta, porque as conquistas do povo estão sendo jogadas no lixo e não sairemos das ruas, BRs e avenidas enquanto Temer não cair”.
Protesto na capital
Em Salvador, as avenidas Tancredo Neves e Antônio Carlos Magalhães, na região do Iguatemi, principais vias de acesso ao centro e bairros da capital baiana, foram trancadas pelos manifestantes e os rodoviários pararam os ônibus em fila no sentido à Avenida Paralela, por volta das 6h30. Ao avaliar os resultados da greve, na capital e no interior do estado, Cedro Silva, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA) disse que as paralisações foram compreendidas pelos trabalhadores e por isso houve sucesso.
“O movimento da greve geral de hoje confirma que a crise econômica não pode ser resolvida às custas dos direitos dos trabalhadores. A classe trabalhadora entendeu e atendeu ao chamado da greve geral”, explica o presidente cutista. Já o diretor do Sindicato dos Rodoviários, Ubirajara Sales, reforça que com a classe trabalhadora unida o resultado é sempre positivo. “A categoria dos rodoviários na greve geral faz um impacto positivo para o movimento, levou os trabalhadores até os pontos de manifestação e pararam. Foi um ato acertado que só contribuiu”. A greve geral continua com caminhada no Campo Grande, localizado no centro de Salvador. As informações são do Coletivo de Comunicação do MST na Bahia.
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