Atropelado pela crise em que o governo do presidente Michel Temer (PMDB) submergiu, o relator da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, o baiano Arthur Maia (PPS), já jogou a toalha com relação à aprovação da matéria neste governo. “Não tem clima para conversar sobre isso. A agenda do governo agora é a auto-salvação”, diz Maia ao site Política Livre, acrescentando achar difícil que o presidente caia, embora a agenda principal do executivo, voltada para derrubar a abertura da denúncia do Supremo Tribunal Federal (STF) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), esteja dragando todas as energias do governo.
“Acho que (a denúncia contra o presidente) não passa, mas como será o dia seguinte? A situação é de insegurança absoluta”, diz Maia, avaliando, no entanto, que ainda há condições de aprovação da reforma trabalhista, considerada pelo governo e o mercado, junto com a da Previdência, essencial para tirar o país da crise. Para Maia, a proposta deve ser aprovada pelo Congresso não pela força do governo, mas pelo desgaste dos sindicatos, cujo radicalismo e visão atrasada dos problemas do país, em sua avaliação, têm provocado indignação na população. As informações são do Política Livre.