A manhã desta terça-feira (4), em Salvador, foi marcada por protesto dos trabalhadores terceirizados da empresa CS Construção, que atua na Coelba, no bairro de Narandiba. Profissionais de limpeza, asseio e conservação, atendentes e porteiros cobram a abertura de negociações da data base desde novembro do ano passado e mantêm uma série de atividades na capital e no interior.
A coordenadora geral do Sindilimp-BA, sindicato que representa a categoria, Ana Angélica Rabello, diz que as manifestações vão continuar em diferentes bairros de Salvador “e que não adianta intimidação”. Os trabalhadores terceirizados ainda realizam ações no prédio da Secretária Estadual de Educação onde 800 pessoas atuam pela empresa Staff.
“São as mesmas razões: falta de debate entre empresas e trabalhadores e luta por direitos. Somos profissionais e atuamos de acordo com as regras, então é preciso que as empresas terceirizadas façam o mesmo”, cobra Rabello. Ela ainda diz que a questão de envolver polícia nas manifestações é um flagrante contra os direitos individuais. “Não vamos nos intimidar, nem vamos parar com os atos”.
O vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), foi ainda mais enfático, disse que a questão deve ser explicitada e debatida com maior profundidade. “Querem esconder que a Coelba é uma empresa privada de capital internacional e que vincula seu nome a uma empresa terceirizada que maltrata os trabalhadores. Quer aumento zero para os trabalhadores”, completa.