A posse do novo Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) mexeu com o cotidiano em Brasília e levou a militância, simpatizantes e políticos ligados à sigla para um breve debate sobre a conjuntura sociopolítico-econômica do país na noite desta quarta-feira (5). Foi assim para os baianos que estiveram na capital federal para a posse dos novos dirigentes, como o deputado Valmir Assunção (BA), que além de destacar a força da nova presidenta do PT na política, a senadora paranaense Gleisi Hoffmann, deixou evidente que sua corrente atua para a construção da campanha do ex-presidente Lula. “A tendência EPS [Esquerda Popular Socialista] vai auxiliar no que for preciso, até porque temos representantes nossos no diretório e estamos cientes da luta que iremos enfrentar em todo os país para 2018”, salienta Valmir destacando a presença do dirigente baiano Ivan Alex na direção nacional.
Empossada como a primeira mulher a presidir o PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR) recebeu os ex-presidentes Lula e Dilma e frisou a necessidade de união das forças de esquerda para derrubar o atual presidente Michel Temer (PMDB). Durante o discurso, a senadora fez um histórico de sua trajetória política e defendeu que as decisões, em qualquer instância, sejam tomadas pelo coletivo. “É ao lado do povo que temos de andar, sem os movimentos sociais, sindicais, juventude, MST e frentes de esquerda não vamos a lugar algum”, defende. Participaram da posse de Gleisi, além de Valmir Assunção e Ivan Alex, o suplente de deputado estadual, Mário Jacó, e os dirigentes do PT Danielle Ferreira e Gutierres Gaspar.
Nos discursos que fizeram, os ex-presidentes Lula e Dilma foram enfáticos ao questionar o governo Temer e suas reformas, mas também sinalizaram que se o presidente cair, quem assume é outro direitista. “Certamente o Rodrigo Maia [presidente da Câmara] já está se preparando para assumir a presidência da República… Nós não podemos achar que um golpista é melhor que outro golpista. Golpista é golpista! Nós defendemos é que o povo brasileiro tenha direito de eleger seu presidente”, completa Lula ao pedir eleições diretas.