A primeira audiência do processo em que a prefeitura de Ituaçu, na Chapada Diamantina, e uma empresa de construção civil foram acusadas de manter trabalhadores em condições análogas às de escravos foi realizada na noite da última segunda-feira (10), em Brumado – no sudoeste da Bahia. O advogado que defende os 15 trabalhadores envolvidos, Anderson Gama, disse ao Jornal da Chapada que “foi designada a perícia para avaliação do grau de insalubridade qual os trabalhadores estavam submetidos. Em seguida haverá uma audiência de instrução para oitiva das testemunhas e colheita de demais provas pertinentes”.
A audiência, que começaria às 14h, teve atraso de quatro horas em razão de problemas no voo da juíza responsável pela análise do caso e atravessou a noite. Os trabalhadores estavam submetidos à falta de banheiros, de hospedagem adequada, de salários (por quatro meses), dentre outras dificuldades no canteiro de obras da escola do Campo Grande, distrito do município de Ituaçu.
Segundo Gama, a empresa envolvida ofertou uma proposta de acordo para encerrar os processos. “A proposta será analisada para ver a viabilidade”, disse o advogado dos trabalhadores. Por enquanto, o bloqueio no valor de R$100 mil para garantir eventual parte do pagamento de indenização será avaliado.
Por Adalício Neto / Jornal da Chapada