Os professores da rede municipal de Salvador reivindicam, entre outros pontos, reajuste salarial de 14,5%. Por conta disso, pararam as atividades por 48h, a partir desta quarta-feira (19). A decisão foi tomada em assembleia realizada na última terça (18). Mais de 400 escolas devem ser afetadas e, com isso, cerca de 100 mil alunos estão sem aulas. As atividades devem ser retomadas na sexta-feira (21).
De acordo com texto publicado pelo site G1, na manhã desta quarta (19), a categoria começou uma caminhada da Secretaria de Educação, na Avenida Garibaldi, em direção ao centro da cidade, conforme a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador). Conforme Elza Melo, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), a prefeitura propôs substituição do reajuste por uma mudança de referência, que equivale a 2,5%, o que exclui os professores do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) e os aposentados.
“A gente quer que pague e que publique a mudança de nível, e também discuta como é que vai pagar o passivo, que é a diferença de três anos desses professores que aguardam a mudança de nível”, complementou Elza. Por meio de nota, a Secretaria de Educação disse que mantém um diálogo com os professores e que alguns itens já foram atendidos, mas que não há possibilidade de dar um aumento de 14,5% por conta da grave crise econômica.
Além disso, a secretaria explicou que outros pontos solicitados pela categoria, como o avanço de referência automática para todos os efetivos do magistério, que deve ter reajuste de 2,5% a partir de setembro, serão atendidos. As licenças-prêmio, uma das principais reivindicações do APLB, também foram acatadas, principalmente para os profissionais em pré-aposentadoria e em licença maternidade. A mudança de nível para os professores que possuem mais qualificações, no entanto, está em análise e deve ser implementada a partir de setembro. Com informações do G1.
VEJA O QUE FOI APROVADO NA ASSEMBLEIA:
Manter a rejeição à proposta de reajuste zero do Executivo Municipal;
Realizar caminhada até a Praça Municipal após a assembleia;
Manter o estado de greve;
Realizar paralisação “Esquenta Greve” de 48 horas nos dias 19 e 20 de julho, com as seguintes atividades:
– Quarta-feira, 19 de julho, às 8h: Manifestação em frente à SMED, na avenida Garibaldi;
– Quinta-feira, 20 de julho:
Às 8h: Manifestação na Praça Cairu (Comércio)
Às 15h: Caminhada do Campo Grande à praça Municipal, com centrais sindicais e Frente Brasil popular
Realizar outras atividades de mobilização, entre elas:
– Carreata a ser realizada em um dia de domingo;
– Feira de Denúncias no Dique do Tororó, a ser realizada em um sábado;
– Utilizar as rádios comunitárias, solicitando espaço para falar com a comunidade;
– Realizar reuniões com associações de bairros;
– Realizar aulas de cidadania com a comunidade escolar.