Na última semana, o Partido dos Trabalhadores (PT) em Itaberaba, cidade da Chapada Diamantina, empossou o seu novo presidente, Valmir Macedo Souza, o popular ‘Valmir do Mel’. Valmir já foi presidente do diretório de 2009 a 2010 e, na conversa com o Jornal da Chapada, falou sobre a sua nova gestão no diretório, destacando o foco do partido no município, além de falar sobre as perspectivas nacional, com a possível candidatura de Lula, e estadual, com a preferência pela reeleição de Rui Costa no governo baiano.
Filho de agricultores familiares, Macedo viveu a infância na zona rural do município e já na adolescência foi estudar na cidade onde se formou técnico em contabilidade. Depois prestou vestibular para engenheiro agrônomo na Universidade Federal da Bahia (Ufba), onde concluiu o curso. O petista não parou por aí e fez um mestrado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. O novo presidente do PT em Itaberaba também foi candidato a vereador por duas vezes.
Valmir do Mel foi empossado em solenidade realizada na noite do dia 27 de julho, na Câmara Municipal de Vereadores. Junto com ele foram empossados também Osvaldo Silva (vice-presidente), Gilmar Mascarenhas (Secretário de Finanças), Fortunato Rodrigues (Secretário de Movimentos Populares), João Batista (Secretário de Formação Política), Snalia de Araújo (Secretária de Organização) e Natalice da Paixão (Secretária de Comunicação). Confira abaixo a entrevista na íntegra.
Jornal da Chapada – O que os eleitores de Itaberaba poderão esperar dessa nova gestão do partido?
Valmir Macedo Souza – Iremos fazer uma gestão mais aberta, mais convidativa para todos os militantes dos movimentos sociais e dos sindicatos. A gente está buscando construir uma direção de participação mais ativa dos trabalhadores, já que estamos falando do Partido dos Trabalhadores.
JC – Como foi o apoio a sua candidatura no município. Teve apoio de todas as tendências do partido?
VMS – Total. Foi interessante, pois nós tivemos um diálogo bastante participativo com todas as tendências. Conseguimos construir um consórcio, onde todos pudessem participar do diretório. Hoje nosso diretório está composto por representantes de todas essas tendências. Fui agraciado com esse chamamento dessas tendências para ocupar essa linha de frente enquanto presidente. Nosso foco principal é fortalecer o partido, defender a causa para qual o partido foi criado, que é a causa trabalhista.
JC – O próximo ano é de expectativa com as eleições, onde escolheremos nosso presidente e nosso governador. Qual será a posição do senhor para esse pleito?
VMS – Para presidente e governador nós temos muito bem definido em nosso partido que é a sustentação da defesa do ex-presidente Lula, que a gente percebe que está sendo muito perseguido pela elite, que detém o poderio econômico. Eles vêm perseguindo o ex-presidente para quebrar a força do trabalhador, a principal imagem que representa essa classe. A gente notou que tinha que voltar a essa luta e resgatar o trabalho que o Lula iniciou em 2003. Então, ele é o principal personagem para representar a causa trabalhista.
Para presidente da república a gente vai lutar para que ele se sustente como candidato, para que sustente a campanha e desmanchar toda essa imagem negativa construída pela grande mídia. No caso estadual vemos que o trabalho do governador Rui Costa merece ter uma continuidade, então sua reeleição é fundamental.
JC – E em relação aos deputados federais e estaduais?
VMS – Vamos trabalhar com deputados que já estão na nossa luta. Para se ter uma ideia da importância disso, todos nossos deputados estaduais e federais estão na causa dos trabalhadores, contra o desmonte que está sendo realizado pelo atual presidente. Todos eles têm batido contra e defendido o trabalhador. Em Itaberaba temos deputados que estão sempre presentes, como é o caso de Valmir Assunção, Jorge Sola, Afonso Forense, Robson Almeida. Nós vemos o que tem sido feito por eles e iremos trabalhar com todos.
No caso estadual temos políticos como Neuza Cadore, Marcelino Galo. Novos candidatos poderão surgir, mas a ideia é fortalecer o partido cada vez mais. É crescer o número de parlamentares. Pois isso é preciso se queremos fazer as reformas do jeito que pensamos como devem ser feitas, a trabalhista, a da previdência, em benefício do trabalhador, do aposentado, do cidadão brasileiro. A reforma política no Brasil, inclusive, precisa ser feita. Precisamos ter parlamentares empenhados nessa questão.
Jornal da Chapada
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