“Não vou dizer que a Secretaria de Segurança Pública se tornou uma Grampolândia, porque acho que todos tem direito à defesa”, alfinetou o deputado estadual Carlos Geilson (PSDB), em pronunciamento na Assembleia Legislativa da Bahia, na tarde desta quarta-feira (16).
O parlamentar estava se referindo à busca e apreensão na casa do superintendente da Inteligência Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), Rogério Magno de Almeida Medeiros, pela Operação Vortigern, deflagrada mês passado pela Polícia Federal por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ). De acordo com o deputado, a acusação é de que o funcionário da SSP estava levando o equipamento de escuta para sua casa.
“Isso é um absurdo! Vocês já imaginaram quantas pessoas podem ter sido grampeadas em benefício próprio ou de outrem, que não seja o Estado?”. O deputado salientou que a Comissão de Segurança Pública da Alba deve convocar os prepostos para prestarem esclarecimentos, pois a denúncia é grave e deve ser apurada.
“Nós defendemos que a SSP esteja atenta, dotando o órgão de equipamentos modernos, mas neste caso há um desvio, e é isso que deve ser apurado. Ninguém sabe o que é que ele fazia com este equipamento”, criticou Geilson.