A reestruturação em curso na Caixa Econômica Federal terá impacto negativo no papel social do banco, confirmando o que já vinha sendo destacado por entidades sindicais e do movimento associativo. A intenção do governo de acelerar o processo de encolhimento do maior banco público do país compromete a execução de políticas públicas de Estado e dificulta direitos dos trabalhadores. Processos relacionados ao FGTS, repasses e financiamentos públicos, programas sociais e de habitação estão entre os mais afetados pelas mudanças.
A área mais impactada pela reestruturação é a de Gerência de Governo (GIGOV), responsável pelo relacionamento com instâncias de governo em municípios e estados. A Caixa tem apoiado importantes iniciativas do comércio, indústria e outros setores, que resultaram na expansão das atividades econômicas dos municípios e na consequente geração de emprego e renda em comunidades de todo o país, contribuindo assim para reduzir as desigualdades regionais.
Para o vice-presidente Institucional da União dos Municípios da Bahia (UPB), prefeito de Jaguaquara, Giuliano de Andrade Martinelli, essa extinção da GIGOV de Barreiras e Itabuna – para serem concentradas em Vitória da Conquista- irá prejudicar quase 200 municípios que dependem da relação próxima com a instituição financeira para o bom andamento da gestão. “Estou totalmente insatisfeito com essa possível mudança, três importantes filiais vão se transformar em uma só, espero que isso seja repensado. Como um único gerente vai dar conta de atender tantos municípios? ”, indaga Giuliano.