A doença ocupacional é uma enfermidade adquirida pelo trabalhador ao se expor sem a devida proteção de agentes nocivos radioativos, biológicos, físicos e químicos. Elas alteram a rotina e a saúde do trabalhador e são produzidas pelo exercício de trabalho específico de determinada atividade. Entre 2004 e 2013 houve um aumento de 199% dos auxílios-doença acidentário, no Brasil, de acordo com Boletim de Monitoramento dos Benefícios, do Ministério da Previdência Social. Com uma média de 700 mil registros de acidentes de trabalho por ano, o Brasil ocupa atualmente o 4º lugar no mundo em ocorrência de acidentes de trabalho, atrás somente de China, Índia e Indonésia.
Os dados do Anuário Estatístico da Previdência Social apontaram em 2015 um total de 612,6 mil acidentes, dentre os quais 2500 foram ocorrências de morte. A região sudeste é a responsável por 53,9% dos registros. Na Bahia houve um aumento de 253% no número de processos trabalhistas no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Em 2014 foram 1.986 ações ajuizadas, 3.618 em 2015, e em 2016 elas totalizaram 5.437. Ao negligenciar a saúde do trabalhador e as condições do ambiente que ele executa suas atividades laborais, se ampliam as chances dos acidentes de trabalho.
“O maior mal que uma organização pode fazer, é negligenciar a saúde do funcionário no ambiente de trabalho. Inclusive tendo em vista esses dados, é que o setor de Segurança do Trabalho está, nos últimos anos, tão concorrido. Os dados são alarmantes e as empresas têm obrigação legal de regularizarem. Por conta disso, também, as oportunidades para os técnicos em segurança do trabalho estão crescendo”, comenta Anderson Braga, sócio mantenedor CETTPS, instituição referência no ensino técnico localizada em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.