Salvador foi palco, pela segunda vez em apenas uma semana, de uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (13) envolvendo políticos baianos. Desta vez, o alvo principal da investigação da ‘Operação Opinião’, que tem apoio do Ministério Público Eleitoral (MPE), foi o deputado estadual Marcelo Nilo (PSL). A casa do ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) por 10 anos, que fica no Horto Florestal, foi a primeira a receber equipes da PF para as buscas. Houve mandados de busca também para endereços na Avenida Cardeal da Silva, onde mora uma irmã do deputado, e no Centro Administrativo da Bahia (CAB), na Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia. Além de deputado, Nilo é engenheiro civil e tem 62 anos. Ele está no sétimo mandato como deputado estadual.
Uma ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com base em representação formulada pela Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE-BA), em procedimento que investiga crime de falsidade eleitoral, envolvendo também a empresa Bahia Pesquisa e Estatística LTDA (Babesp), que supostamente pertenceria à família de Nilo, foi o que desencadeou a operação. De acordo com o MPE a ‘Operação Opinião’ tem o objetivo de dar cumprimento a sete mandados de busca e apreensão em endereços em Salvador, dentre os quais na residência do deputado e no seu gabinete na Assembleia Legislativa.
“Os fatos são objeto de investigações em andamento tanto no Ministério Público Eleitoral quanto na Polícia Federal, que buscam apurar se o Deputado Marcelo Nilo prestou informação falsa à Justiça Eleitoral, havendo indícios de que ele seria o controlador de fato da Babesp e que utilizaria a referida pessoa jurídica para contabilização fraudulenta de recursos utilizados de maneira ilegal em campanhas politicas, o que se costuma chamar de “caixa 2”. Além disso, há suspeita de possível manipulação do resultado das pesquisas eleitorais divulgadas por aquela empresa”, afirmaram a PF e o MPE, em nota.
Segundo o MPE, os alvos da operação foram os endereços residenciais e profissionais do político, de seu genro Marcelo Dantas Veiga, do sócio da Babesp Roberto Pereira Matos, e a sede da empresa Leiaute Comunicação. A operação visa apreender documentos, papéis, registros e dados arquivados em equipamentos de informática que possam contribuir com as investigações. Jornal da Chapada com informações do Correio24horas.