O ex-diretor-geral da Defesa Civil do governo de ACM Neto (DEM), Gustavo Ferraz (PMDB), relatou em juízo, que foi a São Paulo em 2012, a pedido de Geddel Vieira Lima (PMDB), para pegar uma mala de dinheiro. Por conta disso é que suas impressões digitais foram encontradas no objeto apreendido pela Polícia Federal na semana passada em um ‘bunker’ de dinheiro do ex-ministro Geddel. O advogado de Ferraz afirmou à Polícia Federal (PF) que seu cliente deseja colaborar com as investigações e disse que se sentiu “traído” pelo ex-ministro. Agora, Gustavo vem se candidatando a implodir a parceria e a entregar o que está por trás da maior apreensão de dinheiro já feita no país.
O despacho do juiz federal da 10ª Vara de Brasília, Vallisney Oliveira, confirmou que “a prova pericial produzida encontrou fragmentos de impressões digitais de Geddel Vieira Lima e de Gustavo Pedreira do Couto Ferraz, o que levou, dentre outros motivos, à prisão preventiva de ambos. Também se apontou indícios entre o objeto de investigação na Operação ‘Cui Bono’ e indícios com relação aos requeridos”. O magistrado remeteu o processo contra Geddel e Ferraz ao Supremo Tribunal Federal (STF) por indícios de ligação do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB), que possui prerrogativa de foro.
Segundo informações do jornal O Globo, Ferraz afirmou que, embora tenha ido até São Paulo buscar uma mala com notas de R$ 100 nas mãos de um emissário do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), seu grupo político não seria beneficiado com o montante. De acordo com o que foi relatado pelo advogado, Geddel lhe afirmou que o dinheiro serviria para abastecer campanhas do PMDB. A viagem a que Ferraz se refere aconteceu em 2012, período em que Geddel ocupava o cargo de Vice-Presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal (CEF). Jornal da Chapada com informações do Bahia Notícias e do O Globo.