Espetáculos musicais de qualidade harmonizados com o clima de paz e espiritualidade do santuário ecológico da Chapada Diamantina. Essa é a proposta da edição 2017 do Festival de Jazz do Capão, que será realizado nos dias 22 e 23 de setembro e deve atrair mais de três mil pessoas para o Vale do Capão, no município de Palmeiras. A programação deste ano traz grandes nomes da música como o compositor e multiistrumentista Egberto Gismonti e a cantora norte-americana Michaela Harrison, além da participação de artistas da cena instrumental baiana e grupos locais do Capão.
Conhecido por sua “intraduzível” engenhosidade musical, que passeia por gêneros que vão da música popular, regional à erudita, Egberto Gismonti ostenta homenagens e condecorações nacionais e internacionais por seu legado artístico, que segue expandindo. Aos 69 anos, possui 70 discos lançados, incluindo aclamadas composições como “Palhaço”, “Loro” e “Frevo” e “Sanfona”. Já emprestou seu talento para diversas trilhas sonoras no teatro e cinema e foi o grande homenageado da última edição do Festival Villa-Lobos, abrindo as comemorações dos seus 70 anos, que completa em dezembro deste ano.
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“A participação de Gismonti no Festival de Jazz do Capão é um sonho que perseguimos desde a primeira edição, em 2010. A sua música ocupa um espaço fundamental na minha formação musical e intelectual e, com certeza, na de muitas gerações de músicos, mundo afora, ligados ao universo da música instrumental e do jazz. É um presente para o festival e para o público que estará presente”, relata Rowney Scott, curador e idealizador do Festival. Gismonti participa da programação do Festival, na sexta-feira (22). No mesmo dia, também se apresentam o grupo Pirombeira e os grupos da Mostra Capão – Candombá Blues Dab e o encontro de Jonga Lima e Cassio Nobre.
No sábado (23), a cantora norte-americana Michaela Harrison sobe ao palco, apresentando um estilo musical único, com influência no gospel, jazz, blues, soul, samba, MPB e música africana, embalado numa voz poderosa e marcante. Apresentam-se também no sábado o grupo Quintetrio – Tributo ao Samba Jazz e o compositor e arranjador Ubiratan Marques, com seu recente trabalho Àse Ensemble. Marques também é criador e regente da Orquestra Afro-Sinfônica. “Nas últimas edições houve a participação de grupos que dialogam com a matriz africana. Este ano, a atração é o Àse Ensemble”, revela Scott.
As apresentações acontecem a partir das 20h. Nos dois dias de evento, sexta e sábado, são realizados workshops, as 14 e 16 horas, no Circo do Capão. Idealizado pelo músico Rowney Scott, que também é curador e diretor artístico do evento, o Festival acontece desde 2010. Toda programação é gratuita. “Além da programação, que prima pela qualidade artística, temos uma grande preocupação para que o impacto ambiental seja o menor possível”, destaca o curador Rowney Scott. Em todas as edições, a produção do festival realiza uma campanha ambiental e parcerias com a comunidade local, que envolvem ações de coleta seletiva e incentivo à carona solidária. Com informações da SecultBA.