Além das matérias da ordem do dia a última Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Morro do Chapéu, realizada na última sexta-feira (15), foi palco de um amplo debate que trouxe à tona o abate clandestino de gado na cidade localizada na Chapada Diamantina. O vereador André Valois, (PROS), utilizou o seu tempo de fala para fazer denúncias sobre o abate clandestino de carne e a atuação da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) no distrito de Fedegosos.
“Em operação conjunta realizada pela Adab e Polícia Militar no distrito de Feegosos, foi apreendida carga de carne bovina oriunda de abate clandestino, cujo detentor do material é irmão de um vereador. Todos aqui são conhecedores da lei e sabem que abate clandestino de carne constitui crime contra as relações de consumo e está previsto no código penal com pena de multa e detenção”, afirmou o edil.
Após algumas advertências durante o pronunciamento, o vereador André Valois teve sua fala interrompida pelo presidente da Casa, que considerou a linguagem do vereador inapropriada para o plenário, indo de encontro ao que indica o decoro parlamentar e regimento interno da Câmara. “Desavenças pessoais entre vereadores não interessam a esta Casa. Problemas de ordem pessoal devem ser resolvidos na Justiça. Essa Casa está aberta para a discussão de temas que busquem o bem da população. A sociedade de Morro do Chapéu não merece esse nível de debate”, finalizou o presidente.
Em sua fala, o vereador Oldair Ferraz (PRB), se defendeu de acusações e relatou sofrer perseguição política, com ataques diários a sua honra e de sua família. O vereador alegou que a atuação da Adab foi armada, em retaliação a uma denúncia feita por ele em outra sessão. “Quando fiz denúncia em Plenário sobre a filha do deputado federal, a perseguição veio bem rápida. Infelizmente a gente que é pobre sempre é perseguido. Fica a minha indignação para que todos saibam”, relatou Oldair.
A vereadora Isabela Rocha (PV) falou sobre a atuação da Adab na localidade de Fedegosos, onde segundo ela a ação parte de um princípio politiqueiro e de perseguição política. “Essa denuncia que houve na comunidade de Fedegosos parte de um principio politiqueiro, como é de costume dos autores. Eu acho que o papel da Adab enquanto órgão público é tratar a todos como igualdade. Já ouvi de muitos produtores queixas quanto a atuação da Adab e isso é lamentável!”, avaliou. Jornal da Chapada com informações de assessoria.