Uma reunião para debater o atual estado do Rio Utinga, que sofre as consequências da estiagem prolongada, realizada na última sexta-feira (20) em Wagner, na Chapada Diamantina, contou com a participação de órgãos públicos como Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), Companhia Independente de Policiamento de Proteção Ambiental (Cippa) de Lençóis, dos prefeitos de Wagner, Elter Bastos (PSL), de Utinga, Joyuson Vieira (PSL), e de Lençóis, Marcos Airton Alves Araújo (PRB), o popular Marcão, além de representantes da Casa Civil do Governo do Estado.
O objetivo do encontro foi levar resoluções para salvar o Rio Utinga. Segundo o prefeito Marcão, o rio “não chega a sua foz, no município de Lençóis há mais de 90 dias”. De acordo com o gestor há uma determinação do governo estadual para redução do uso da água. No entanto, os participantes propuseram a prorrogação dessa redução. O que será levado ao governador Rui Costa (PT). Eles decidiram também realizar uma reunião com os produtores para conscientizar e alternar o uso da água nos plantios.
“Em nosso município os quilombolas do povoado de Iúna, Remanso e do Povoado de São José, já não mais possuem água para o consumo humano”, disse Marcão. O prefeito disse ter percorrido o Vale do Rio Utinga esta semana e não foi localizada água. “É lamentável presenciar esse local, onde na minha infância existiam muitas sucuris, jacarés, capivaras, peixes, dendezeiros e buritis, e ver que tudo foi dizimado”, desabafou.
Jornal da Chapada
Fotos da situação do Rio Utinga
Imagens do encontro em Lençóis