O incêndio florestal que atinge a região da Chapadinha, no município de Ibicoara, na Chapada Diamantina, desde o último sábado (21), continua a ser combatido por brigadistas voluntários e do Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio). Conforme a diretora do ICMBio no Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) Soraya Fernandes Martins, apesar de não estar dentro do parque o fogo está em uma região que faz limite com o PNCD. Ainda não foi contabilizado o tamanho da área devastada pelo fogo. Segundo Martins, são no mínimo 40 brigadistas em atuação e nesta terça-feira (24) os brigadistas dos Combatentes a Incêndios Florestais de Andaraí (Cifa) irão até o local.
“O nosso maior problema é porque se trata de uma área de difícil acesso e de mata. E a gente tem ocorrência de turfa, o combate é difícil, porque é preciso cavar, já que é um fogo subterrâneo”, informou Soraya. Inclusive por isso o acompanhamento dos focos de incêndio deve ser maior que o normal, já que não dá para ver o fogo. “Às vezes o monitoramento leva muitos dias, pois o fogo de turfa pode levar até três dias para ter reignição”, afirmou Martins. Apesar dos esforços, o fogo continua devastando e não há como fazer previsões sobre o fim do combate.
Com o clima quente na Chapada Diamantina, há alertas em diferentes regiões com possibilidade de focos de incêndio, como no Vale do Capão, em Palmeiras, em Iraquara (foi combatido foco na segunda na região de Olhos D’Água), e Andaraí, onde brigadistas voluntários conseguiram conter as chamas que ameaçavam área do Rio Piabas, próximo ao Rio Paraguaçu. “Aqui em Andaraí, ao menos 24 hectares foram queimados. Combatemos e extinguimos fogo também na região entre a sede do município e o distrito de Igatu”, aponta o presidente dos Combatentes de Incêndios Florestais de Andaraí (Cifa), Homero Vieira.
Jornal da Chapada
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