O governo de Michel Temer (PMDB) revisou o orçamento de 2018 e apresentou, nesta segunda-feira (30), a nova previsão para o salário mínimo do trabalhador brasileiro. De R$ 969 previstos anteriormente, agora são R$ 965, uma redução de R$ 4 no valor do mínimo para o próximo ano. Conforme o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), a medida é mais um “absurdo” da atual administração e cobra explicação, já que foram liberados mais de R$ 32 bilhões em emendas parlamentares antes da votação pela admissibilidade ou não de denúncias contra o presidente Temer, como corrupção e formação de quadrilha.
“Gastou mundos e fundos para se livrar da denúncia e agora volta a cobrar a conta ao trabalhador brasileiro. Já tinha reduzido o salário em R$ 10 e agora em R$ 4, é um governo vergonhoso. Essa redução vai pesar no bolso do trabalhador. E esse governo não sabe para onde vai, aliás, sabe até demais, quer vender as riquezas e alegar crise, mas Temer sabe, muito bem, fazer farra com dinheiro público”, dispara Assunção. O deputado petista disse que o orçamento foi reduzido para “o trabalhador pagar a conta dos rombos que Temer vem causando aos cofres públicos”.
Valmir diz que todos os setores produtivos do país reclamam da atual gestão. “O governo de Temer já tinha reduzido as projeções econômicas para 2018 e atingiu em cheio o salário mínimo e bolso do trabalhador e do povo pobre”, completa. O valor inicial, proposto ainda pelo governo Dilma era de R$ 979 que chegou a constar na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e passou para R$ 969, no governo Temer. O novo valor reduziu mais R$ 4 e esse número caiu para R$ 965. Essa nova projeção será fixada apenas em janeiro, como determina a lei, com a publicação de um decreto presidencial.