A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia repercutiu na sessão desta segunda (13), no plenário da Casa o laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) sobre o desabamento do Centro de Convenções da Bahia (CCB), revelado pela imprensa, na última semana. Segundo deputados, o resultado comprova que houve negligência por parte do governo do estado, em relação ao equipamento. Em documento, peritos relataram que a falta de manutenção adequada da estrutura proporcionou efeitos irreversíveis na oxidação do aço, o que causou o rompimento da estrutura no local do acidente.
Em pronunciamento, o deputado Carlos Geilson (PSDB), lembrou a lacuna do Centro de Convenções para o estado, com grandes perdas para o turismo. “Esse resultado em nada difere daquele que nós da Oposição vínhamos dizendo há muito tempo. O mais triste disso é ver um governo que se diz republicano esconder o resultado do laudo”, criticou. O deputado Pablo Barrozo (DEM), também afirmou que o governo escondeu o laudo na gaveta para que não ficasse comprovado o descaso da gestão com o Centro de Convenções.
“O governo foi negligente com o Centro de Convenções como está sendo com essa Casa, e como está sendo com a população da Bahia”, frisou. Anteriormente, o líder da Bancada Leur Lomanto Jr. (PMDB) já havia dito que o governo não teve compromisso com o Centro de Convenções, “um equipamento cultural e turístico que era da maior importância para o estado”. “Não foram observadas as especificidades do equipamento, o que mostra que houve negligência”, afirmou.
Empresários e trabalhadores do turismo e eventos voltaram a ter expectativas de melhorias para o setor, com a iniciativa tomada pela Prefeitura de Salvador, através de anúncio feito, recentemente pelo prefeito ACM Neto (DEM) em construir um novo Centro de Convenções, na área onde funcionava o antigo Aeroclube.
A licitação para a realização da obra do novo equipamento deve ser lançada em dezembro deste ano. Já o início das intervenções deve ocorrer em abril de 2018, com previsão de conclusão até início de 2019. O investimento previsto na construção do equipamento é de R$ 93 milhões. Além deste montante, a empresa que vai operar o espaço entrará com outros R$ 30 milhões para serem investidos em equipamento.