O não cumprimento de metas de moradias populares pelo governo de Michel Temer (MDB) indignou o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que teceu duras críticas ao modelo de gestão atual do país. Nesta sexta-feira (19), considerando como uma “agenda que cassa direitos dos trabalhadores”, o parlamentar petista disse que, em 2017, Temer “só fez impulsionar um modo usurpador de governo”, e detalhou que a administração só conseguiu cumprir 13,5% da meta do ‘Minha Casa, Minha Vida’ para os mais pobres. Valmir salienta que descumprir a meta do programa de moradia é uma forma de “afrontar o PT”, já que o partido valorizou a ação em seus governos, iniciado por Lula e fortalecido por Dilma.
“Temer esqueceu que os pobres precisam de moradia. Esse programa popular era uma das principais vitrines das gestões petistas. Em 2017, Temer disse que ia construir apenas 23 mil moradias destinadas a famílias que ganham até R$ 1,8 mil. Isso representa apenas 13,5% da meta de 170 mil. O governo também descumpriu a meta geral do programa para todas as faixas de renda”. Uma portaria do governo federal, no início do ano, revogou a portaria que autorizava o subsídio para mais 54 mil unidades da faixa 1 no ano passado. Dessa forma, ficaram apenas as 23 mil residências.
Conforme informações, se somando as quatro faixas do programa, a gestão de Temer gerou contratos para financiar com juros mais baixos – e subsidiar, para os mais pobres – 442,2 mil unidades habitacionais em 2017, o que corresponde a 72,5% da meta de 610 mil. Se comparar com o ano de 2013, auge do programa, criado em 2009 pelo então presidente Lula, o governo se comprometeu em financiar 913 mil unidades. O Ministério das Cidades, responsável por gerir o programa, admite que não cumpriu a meta em publicações de veículos de comunicação do país.