O juiz Sergio Moro não descartou uma possível ligação entre o assassinato do empresário José Roberto Soares Vieira (PT), na Bahia, e o fato de ele ter sido investigado pela Operação Lava Jato. Ex-vice-prefeito da cidade de Ourolândia, no Piemonte da Diamantina, Vieira foi morto no último dia 18 de janeiro com nove tiros, no município de Candeias, região metropolitana de Salvador. Ele foi um dos responsáveis por ajudar a força-tarefa da Lava Jato a rastrear pagamentos a José Antonio de Jesus, ex-gerente da Petrobras, preso como o principal alvo da 47ª fase da operação.
De acordo com o jornal O Globo, Moro pediu explicações sobre o caso ao Ministério Público Federal e deu prazo de cinco dias para que os procuradores se manifestem. “Não se pode excluir a possibilidade de que o homicídio esteja relacionado a esta ação penal, já que, na fase de investigação, o referido acusado aparentemente confessou seus crimes e revelou crimes de outros”, escreveu o juiz responsável pelos processo em primeira instância da Lava Jato, no Paraná.
Conhecido como Roberto do PT, o ex-vice foi alvo de condução coercitiva no último ano pela 47ª fase da Operação Lava Jato, a Operação Sothis. O empresário era suspeito de participar de um esquema de corrupção envolvendo uma subsidiária da Petrobras que desviou R$ 7 milhões para o Partido dos Trabalhadores (PT). Vieira foi denunciado pela Lava Jato, em dezembro, junto com José Antonio, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. As informações são Bahia Notícias.