A candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), continua rendendo especulações na Bahia. Segundo informações de bastidores, a sigla negocia um acordo para lançar um político baiano do DEM como vice do tucano na corrida pela Presidência. Por enquanto, segundo a coluna Satélite, fontes ligadas a Alckmin descartaram qualquer probabilidade de parceria com o prefeito ACM Neto (DEM). Procurado pela Tribuna para comentar as especulações, o presidente estadual do DEM na Bahia, deputado federal José Carlos Aleluia, negou que saiba de alguma articulação nesse sentido.
“Não, isso só quem pode responder é a equipe do governador [Geraldo Alckmin]. Não é uma coisa do DEM, é uma coisa do governador. O DEM tem um pré-candidato, que é Rodrigo Maia. Essa informação só pode ter vindo de lá. Nosso candidato é Maia”, afirmou Aleluia. A equipe Alckmin quer um baiano na chapa para dar fôlego ao PSDB, onde registra um dos mais baixos índices de intenção de voto – e também, consequentemente, melhorando o posicionamento dos tucanos no Nordeste. Isso também levaria o DEM a abrir mão da candidatura própria ao Planalto em favor do tucano.
Questionado qual seria o outro nome do DEM baiano forte para uma majoritária, Aleluia tergiversou: “Não me cabe avaliar. A Bahia tem políticos de todos os partidos e são sempre cogitados. É um Estado importante, o maior do Nordeste. Quem tem que avaliar isso são os candidatos”.Na semana passada, Neto também voltou a afirmar que o nome do presidente da Câmara dos Deputados ganha força como nome do partido para disputar a Presidência da República. “Nós estamos internamente discutindo a candidatura de Rodrigo Maia. Existe um desejo do partido de avançar nessa pré-candidatura. É uma coisa interessante, porque Rodrigo é um dos nomes que têm menor rejeição”, disse.
Alckmin teria intensificado as conversas junto aos democratas para tentar convencê-los a repetir a aliança com o PSDB. Desde a eleição de FHC, os dois partidos só não formaram chapa na sucessão de 2014. Os tucanos querem evitar uma possível divisão de votos caso a legenda democrata lance uma candidatura independente – pondo fim à dobradinha PT/PSDB, que imperou nas últimas décadas.Em janeiro, o prefeito de Salvador reafirmou que o objetivo do DEM é ter um candidato próprio e que o partido não deve herdar o desgaste do governo de Michel Temer (MDB). “Nossa prioridade é ter um projeto para 2018. Não acho que o DEM se desgaste [com o governo Temer]. Há uma compreensão muito clara de que o Democratas cumpriu um papel ao longo dos últimos anos de garantidor da agenda do país”, completou. As informações são da Tribuna da Bahia.