O advogado e ex-chefe da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Gustavo Ferraz, nega ter sido braço direito do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), como ficou conhecido ao ser preso no ano passado na operação Tesouro Perdido, quando a Polícia Federal encontrou suas digitais no dinheiro do bunker com R$ 51 milhões na Graça. Em entrevista ao jornal A Tarde, Ferraz afirma que nunca se envolveu com coisas erradas e acredita que sua inocência será provada.
“Talvez o único erro que cometi nessa história foi não perguntar a origem do dinheiro”, diz o advogado ao se referir ao dinheiro que buscou em São Paulo a pedido de Geddel. “Não tem digital em nenhuma cédula. Estava em saco plástico. Era um recurso envolvido no saco com a etiqueta do Banco do Brasil. Nesse pegar para mostrar que a digital ficou. A digital do dedo anelar direito, metade do dedo”, detalha Ferraz.
Perguntado sobre a mala de dinheiro e a quem o dinheiro foi entregue, Ferraz diz: “Foi entregue a quem de direito, a quem eu devia repassar. Foi entregue a Geddel. E ele ficou de resolver, de repassar para as campanhas, enfim… do que eu imaginei que fosse ser feito. E que deve ter sido feito, não sei…”
Gustavo Ferraz também reclama que tem sido vítima de fake news. “Teve um caso dizendo que eu troquei email com Job [Ribeiro Brandão, ex-assessor da família Vieira Lima]. Eu não troquei email nenhum. Dizendo que a fonte é o Estadão. Você vai lá buscar a informação no Estadão e não tem nada. Não troquei email, zero”, assegura, atribuindo a confusão de informações ao seu grupo adversário em Lauro de Freitas.
Livre para exercer função pública após ter a prisão domiciliar revogada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, o ex-chefe da Codesal afirma que não quer isso por agora e diz que tem o sonho de ser prefeito de Lauro de Freitas, posto que tentou galgar nas eleições de 2016. “Tenho um sonho de ser prefeito de Lauro de Freitas, não vou abandonar esse sonho”, ressalta. Com informações do A Tarde e do Bocão News.