A apreciação do projeto relativo ao orçamento de 2018 de Morro do Chapéu, município da Chapada Diamantina, gerou confusão na Câmara Municipal. É que vereadores de oposição afirmaram que o prefeito Léo Dourado (PR) pretende ter todo o crédito suplementar sem qualquer justificativa para uso do Executivo, o que não seria possível atualmente.
As informações dão conta que no final de 2017, os vereadores aprovaram projeto no qual autorizavam o prefeito a usar 50% desse recurso adicional para reforçar o orçamento, sem necessidade de autorização da Câmara. No entanto, o prefeito vetou o texto, e quis a totalidade da suplementação.
Na última sexta-feira (23), a Câmara apreciou esse texto. Os vereadores André Valois (Pros), Béa (PDT), Sheila (PT) e José Ribeiro (MDB) votaram para derrubar o veto do prefeito. O que não aconteceu, já que a maioria dos edis, de situação, aprovaram o veto.
A grande confusão mesmo se deu quando foi percebido que os vereadores que votaram em favor do prefeito teriam sinalizado, com rabiscos, em suas cédulas de votação para que ficasse identificado quem tinham votado pelo veto. “Eles fizeram isso para avisar ao prefeito quem votou pela liberação do suplemento”, afirmou o vereador Valois ao Jornal da Chapada.
Sabendo do fato das cédulas marcadas, os vereadores de oposição fizeram o pedido de anulação dos votos, por conta do fato ferir o regimento da Casa, que previa votação secreta. Segundo o edil André Valois, o presidente da Câmara Antônio Júnior Rocha (Podemos) não quis mostrar outras cédulas que estariam marcadas e, certamente, anulariam a sessão da sexta. André afirmou que ele e seus colegas entrarão na Justiça para pedir essa anulação.
Jornal da Chapada