O prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, afirmou nesta sexta (16) que ficou chocado e consternado com os assassinatos bárbaro da vereadora Marielle Franco (PSOL), da cidade do Rio de Janeiro, e do motorista dela. Em entrevista à imprensa durante a Reunião de Ministros da Educação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que acontece no Hotel Deville Prime, em Itapuã, o prefeito disse que a sociedade exige respostas urgentes, principalmente porque, ao que tudo indica, se tratou de execução.
“Se houve motivação política, é muito mais grave ainda. Mas o que interessa é que foram duas vidas humanas ceifadas nesse ato bárbaro que precisa de resposta rápida. E temos a consciência de que episódios como esse não são limitados ao Rio, mas se espalham por todo o Brasil, com o crescimento da violência. E enfrentar isso precisa ser pautado como prioridade para o país”, declarou.
ACM Neto lembrou que é sabido que a vereadora tinha posições muito contundentes em defesa dos negros, das mulheres e também na questão da segurança pública no Rio. “Independentemente das diferenças partidárias, todos nós ficamos muito chocados como que aconteceu no Rio e não podemos aceitar esse tipo de coisa. É preciso que se identifique rapidamente quem foram os autores e as motivações (do crime)”, ressaltou o prefeito.
Encontro com Bolsonaro
Questionado pela imprensa durante a reunião, o prefeito ACM Neto falou também sobre o encontro que teve esta semana com o deputado federal Jair Bolsonaro, em Brasília. Ele disse que foi um encontro casual e breve. “Estava na liderança do Democratas na Câmara conversando com deputados do meu partido e um desses parlamentares levou Bolsonaro, que passava por perto, para me cumprimentar. Não há nada demais nisso. Ao contrário do que foi divulgado, não houve reunião a porta fechada”, contou.
ACM Neto afirmou que, como presidente nacional do Democratas, não pode evitar o diálogo com quem quer que seja. “Posso conversar com qualquer outro pré-candidato (à Presidência), o que não significa dizer que vou aderir a qualquer tipo de bandeira defendida. A política se faz com diálogo, com conversa. Como presidente de um partido importante, não posso deixar de conversar e dialogar”, declarou, negando que tenha tratado com Bolsonaro sobre eleições de 2018. “Ele me cumprimentou e trocamos impressões rápidas do cenário político”, concluiu. As informações são do Polícia Livre.