A Justiça decidiu que sete dos 11 policiais militares denunciados pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) por suspeita de envolvimento na morte de Geovane Santana Mascarenhas devem ir a júri popular. A decisão, da juíza Gelzi Maria Almeida de Souza, do 1º Juízo da 1ª Vara do Júri, foi divulgada no Diário Eletrônico da Justiça da última sexta-feira (23) e cabe recurso. Geovane desapareceu no dia 2 de agosto de 2014, após uma ação da Polícia Militar em Salvador, e os restos mortais foram encontrados no dia seguinte.
O pai dele conseguiu imagens de câmeras de segurança que mostraram o momento em que o rapaz, na época com 22 anos, foi levado por policiais lotados nas Rondas Especiais (Rondesp). O jovem foi decapitado, carbonizado, teve duas tatuagens removidas do corpo e os órgãos genitais retirados. Pela decisão da Justiça, devem ir a júri popular Cláudio Bonfim Borges, Jesimiel da Silva Rezende, Daniel Pereira de Sousa Santos, Alan Morais Galiza dos Santos, Alex Santos Caetano e Roberto dos Santos Oliveira. A data do julgamento ainda não foi definida.
Os demais policiais foram inocentados pela Justiça por “inexistência de indícios suficientes de autoria”. Os 11 policiais respondem ao processo em liberdade e, conforme a PM, desempenham atualmente funções administrativas. Todos foram denunciados pelos crimes de sequestro, roubo e homicídio qualificado por motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima. Dos onze, seis policias ainda foram denunciados por ocultação de cadáver. O site G1 não conseguiu contato na noite desta segunda-feira (26) com as defesas dos acusados e nem com o advogado da família de Geovane. As informações são do G1.
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Salvador: DHPP indicia 11 policiais pela morte de Geovane Mascarenhas