O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode deixar, a qualquer momento, a sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), rumo a Curitiba (PR). O petista chegou a entrar em um carro para se apresentar à Polícia Federal para cumprir o mandado de prisão contra ele, mas foi impedido por militantes.
A senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, teve de sair e subir no carro de som para pedir aos manifestantes que deixassem Lula sair para que a situação não piorasse. “A PF deu meia hora para a gente resolver a situação”, diz a petista Gleisi Hoffmann. Se a situação não for resolvida, Lula será responsabilizado.
“Quando Lula tomou a decisão, ele tomou a decisão baseada em uma situação. A resistência nós podemos fazer. Mas a leitura que fazemos aqui não é a nossa resistência, mas é a resistência dele”, salienta Gleisi aos militantes.
O dirigente do MST, João Paulo Rodrigues também se pronunciou pedindo para que os militantes deixem Lula passar. Ele disse que é preciso evitar a prisão preventiva. De acordo com o líder, isso “tirará as ferramentas jurídicas que permitirão que Lula concorra à Presidência da República”.
Lula chegou a entrar em um carro com o advogado Cristiano Zanin, mas saiu. Um grupo de pessoas formou um cordão de isolamento na tentativa de impedir a saída do ex-presidente. Lula está na sede do sindicato desde quinta-feira (5) à noite, quando foi expedida a ordem de prisão pelo juiz Sergio Moro.
De mãos dadas, os manifestantes cercaram o prédio do sindicato. Helicópteros sobrevoam o prédio. Por enquanto, não há confirmação sobre o horário e a forma como Lula deixará o local. As negociações ocorrem desde a última sexta (6). Jornal da Chapada com informações da Agência Brasil.
Fala da senadora Gleisi Hoffman