A nova fase da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, que foi deflagrada na última quinta-feira (3), prendeu em Brasília um doleiro apontado pelo operador financeiro Lúcio Funaro como a pessoa que fez entrega de dinheiro ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), segundo o site do jornal Folha de S. Paulo.
Essa suposta entrega de dinheiro está sendo investigada em um dos inquéritos em que o presidente Michel Temer é alvo no Supremo Tribunal Federal (STF). Em outubro de 2017, Funaro disse à Procuradoria-Geral da República ter direcionado R$ 1 milhão a Geddel, dinheiro que teria recebido do advogado José Yunes, ex-assessor especial de Temer. Segundo Funaro, o dinheiro foi enviado por meio de um doleiro sediado no Uruguai que prestava serviço para ele, chamado Tony.
Esse doleiro teria feito o trabalho de “logística”, receber o dinheiro em São Paulo e entregá-lo em Salvador: “Ele [um funcionário do doleiro Tony, de nome “Júnior”] entregou no comitê do PMDB da Bahia para o próprio Geddel”, disse Funaro. Funaro disse também que não tinha a exata identificação de Júnior, o doleiro preso nesta quinta, “pois tal pessoa era mencionada apenas dessa forma”. Funaro entregou às autoridades anotações que, segundo ele, comprovam a entrega de R$ 1,2 milhão em Salvador no dia 3 de outubro de 2014, às vésperas das eleições daquele ano.
Ele disse que quase a totalidade da movimentação financeira com Geddel foi identificada pela PF, que rastreou movimentações diárias, abastecimento de aeronave e hangar em Salvador, além de hospedagem em hotel. Geddel afirma que a história não é verdadeira e que não conhece nenhuma pessoa chamada Júnior no contexto referido por Funaro. As informações são de Política Livre.