Ex-integrante do MDB, o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), não se mostrou, ontem, muito disposto a articular para ter o partido do deputado federal Lúcio Vieira Lima no grupo da oposição para disputar o governo da Bahia. “O MDB tem dito que vai sozinho. Que não quer entendimento no primeiro turno, cabe a gente respeitar a posição do MDB”, disse, em entrevista à imprensa, antes da ordem de serviço para início das obras de reestruturação do Mercado de Cajazeiras.
Nesta semana, sem citar nomes, o deputado Lúcio Vieira Lima atacou os aliados, ao dizer que “setores das oposições” ignoraram a pré-candidatura do ex-ministro João Santana (MDB) ao Palácio de Ondina. “Mas, hoje, esses mesmos setores já se dizem preocupados com o crescimento de ‘João da Bahia’ e agora investem no discurso da união das oposições, que deverá ocorrer no segundo turno e espero que seja em torno do candidato do MDB”, escreveu.O pré-candidato emedebista também demonstrou ser contra a unidade da oposição.
“Eu, particularmente, acho que essa altura a coligação seria muito ruim”, salientou João Santana, que preside o MDB na Bahia.Já sobre um acordo entre os pré-candidatos José Ronaldo (DEM) e João Gualberto (PSDB), o vice-prefeito se mostrou a favor e apostou que a união acontecerá até o final deste mês. “Tenho convicção de que a oposição terá um único nome, que será apresentado no momento certo, após consulta popular e após ouvir pesquisas”, ressaltou.
Cotado para ser o candidato a vice-governador na chapa de José Ronaldo, Bruno Reis afirmou que existem “nomes qualificados tão qualificados” quanto dele para compor a majoritária. Ele refutou a tese de aliados, como o deputado federal Elmar Nascimento (DEM), de que é preciso ter alguém ligado ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), para atrair os votos do eleitorado soteropolitano para a oposição. Na avaliação do número 2 do Palácio Thomé de Souza, a tática só precisaria ser adotada, se não houve um comprometimento de ACM Neto com o grupo. Mas, segundo ele, o gestor municipal tem se de forma “total e integral” para a ala oposicionista. As informações são da Tribuna da Bahia.