Após ampla repercussão, o ex-governador Jaques Wagner voltou a afirmar que o ex-presidente Lula continua sendo candidato do PT na corrida presidencial ao Palácio do Planalto. No último dia 1º de maio, ele levantou a hipótese de a legenda não ser cabeça de chapa nas eleições e endossou a possibilidade de ser vice na campanha do pré-candidato do PDT, Ciro Gomes. “Não tenho duas opiniões: Lula é o candidato do PT, do povo brasileiro, líder em todas pesquisas e símbolo de esperança para o país. Uma eleição sem Lula é, sim, fraude pois sua condenação é injusta, baseada em convicção sem provas”, publicou em seu Twitter.
Wagner se disse à vontade para discutir a hipótese por ter sido entusiasta de uma aliança quando Eduardo Campos estava vivo. “O presidente Lula não é passado, é resistência no presente e esperança no futuro. Não aceitamos sua interdição e lutaremos contra ela até o fim. Agora, se o sistema jurídico brasileiro levar a cabo sua interdição e impedir a candidatura de Lula, defendo, como sempre defendi em 40 anos de trajetória política, o caminho do diálogo entre todos aqueles que lutam pela Democracia no Brasil”, continuou.
“A boa política é aquela que se propõe a somar e a construir, não a dividir. Sempre acreditei no diálogo e foi dialogando com os companheiros da esquerda e de outras forças políticas que conseguimos tantas conquistas e avanços, tanto na Bahia como no Brasil. O que o país menos precisa neste momento tão conturbado, de escalada da intolerância, é de mais divisões, principalmente no campo progressista e popular”, completou.
A presidente do PT Gleisi Hoffmann reagiu às declarações do ex-governador. “Mas ele não sabe que o Ciro não passa no PT nem com reza brava?”, disse a presidente petista ao jornal Folha de S. Paulo. Diante da repercussão da declaração, Wagner compartilhou uma foto com Gleisi no final da tarde de ontem, também no Twitter. Conforme publicado ontem pela Tribuna, o presidente do PDT na Bahia, deputado federal Félix Mendonça Jr., acredita que o governador Rui Costa (PT) vai apoiar seu correligionário Ciro Gomes na disputa pela presidência.
Segundo Félix, “após dar apoio aos petistas por tanto tempo, chegou a hora da recíproca”. “Esperamos que o PT agora tenha capacidade de apoiar o nosso partido, da mesma forma que apoiamos ele no passado. Principalmente, pelo fato de termos Ciro Gomes como candidato, o nome mais capacitado e mais qualificado à Presidência entre os concorrentes”, afirma o líder pedetista. As informações são da Tribuna da Bahia.