A consciência sobre os atos que se configuram como abuso ou exploração sexual infantil é essencial para o combate deste tipo de violência. Pensando nisto, o Hospital Regional da Chapada (HRC), no município de Seabra, promoveu uma série de ações, dinâmicas e palestras com este tema para os acompanhantes dos menores internados. De acordo com o presidente da Comissão de Humanização do HRC, Leonardo Sacerdote, o objetivo é conscientizar as famílias sobre a importância de procurar as autoridades competentes quando há suspeita de abuso.
“Nosso encontro foi para chamar a atenção dos pais e responsáveis sobre sinais de alerta que indicam o momento de procurar ajuda. Muitas vezes há indícios do que está ocorrendo, mas os responsáveis não se atentam para o fato”, enfatizou. Para a dona de casa, Maria de Souza, mãe da pequena L.S, 3 anos, o evento foi uma surpresa importante durante a internação de sua filha. “Eu tinha muitas dúvidas sobre o assunto e hoje pude esclarecer. Vou levar para casa, conversar com amigos o que falaram aqui. Precisamos nos manter atentos”, garantiu a dona de casa.
Enfrentamento da violência
A palestra foi conduzida pela psicóloga da Unidade, Júlia Sena, que de forma dinâmica e objetiva alertou os pais e responsáveis como identificar os sinais que a vítima dá quando está passando por algum tipo de violência. “A vítima se sente coagida e intimidada. O abusador sempre utiliza de estratégias que atraem a criança e faz com que ela permaneça em silêncio. Por exemplo: ele oferece presentes, doces, atrativos para que não seja denunciado e ainda realiza ameaças, o que impõe medo e a criança fica retraída e calada, não comentando o ocorrido com ninguém”, informou.
Júlia explicou ainda que cada vítima pode demonstrar que está sofrendo com comportamentos particulares. No entanto, é comum haver isolamento, apego excessivo com a mãe ou outro responsável e até mesmo a volta de atitudes já superadas, como urinar na cama. Com os sinais identificados, o próximo passo é procurar ajuda, “os responsáveis podem acionar o Conselho Tutelar ou denunciar. O importante é não deixar a situação chegar a um patamar incontrolável”, finalizou. As informações são da Sesab.