A greve no setor rodoviário em Salvador é uma questão política, segundo o prefeito ACM Neto (DEM). Ele acusa os empresários de permitirem a paralisação como forma de pressionar a gestão municipal. Neto também não descartou intervenção da prefeitura nas empresas de ônibus para solucionar os problemas.
“Eu não posso imaginar que o desejo dos empresários, que são concessionários que participaram da licitação, que aceitaram as regras da concessão, que iniciaram o cumprimento de um contrato e, por alguns meses, foi cumprido com os termos que aí se encontram, seja simplesmente entregar o contrato. É óbvio que, em uma situação-limite, a prefeitura não deixa de estudar uma intervenção. Agora, podem ter certeza que essa intervenção significaria entrar nas empresas e assumir a operação, inclusive comprometendo o patrimônio dos empresários, que de certa forma dá suporte e garantia à execução desse contrato”, afirmou ACM Neto.
Segundo o prefeito, os empresários não conseguirão pressionar a prefeitura. “Porque nós não vamos permitir nem aumento de tarifa, que foi uma demanda que eles trouxeram para o ano de 2018, como também não vamos permitir exclusão ou eliminação de novas linhas de ônibus em nossa cidade”, afirmou Neto, em entrevista coletiva realizada na tarde da última terça (22), para falar do plano de operação em função da greve deflagrada mais cedo.
O gestor da capital garantiu ainda que as passagens de ônibus não vão ser reajustadas esse ano. “Iremos adotar as medidas no tempo certo, no tempo determinado pelo contrato, com auxílio do Ministério Público, do Tribunal de Contas dos Municípios, como sempre”, disse. Jornal da Chapada com as informações de Metro1.