Desta quarta (27) até a sexta-feira (29), o grupo Grãos de Luz e Griô, de Lençóis, na Chapada Diamantina, participará de cinco círculos de diálogos chamados de ‘Círculos de Conexão’, promovidos no Vaticano, onde serão abordados temas como arte e comunidade, arte e cultura, ancestralidade e cultura de paz, bem viver e sustentabilidade, representado por Márcio Caires, junto a representantes de grupos de culturas e comunidades da América Latina. O ponto de Cultura ‘Grãos de Luz e Griô’, foi umas das 12 entidades escolhidas para participar do projeto do Vaticano. É um reconhecimento ao trabalho desenvolvido há 23 anos que atualmente realiza vivências, cursos, oficinas em 11 comunidades na Chapada Diamantina e em oito estados do Brasil.
Durante o seminário haverá uma exposição fotográfica baseada no livro ‘Cultura a Unir os Povos – A arte do Encontro’, de autoria de Célio Turino organizado pelo Instituto Olga Kos. O lançamento mundial do livro traduzido para quatro idiomas (português, espanhol, italiano e inglês) irá ocorrer no dia 28 de junho, e faz parte a Pedagogia Griô, o Grãos de Luz e Griô e a Ação Griô Nacional. Serão três dias de discussões com projetos que propõem novos modelos de educação para América e para o mundo.
O seminário ‘Pontos de Encontro – Cultura a unir os povos’ é a mais nova etapa do projeto Scholas Occurrentes, criado pelo Papa Francisco quando ainda era Arcebispo de Buenos Aires, que pretende criar um novo modelo de educação para o mundo. Há dois anos são promovidos encontros que reúnem jovens estudantes representando diferentes camadas sociais, religiões e etnias. Juntos, eles buscam encontrar soluções de problemas comuns e que estimulem a tolerância com a diversidade e promovam a inclusão. Um dos encontros foi promovido pelo Instituto Olga Kos, no Brasil, e reuniu 300 estudantes de escolas públicas e particulares de São Paulo, além de jovens de outros países.
O Grãos de Luz e Griô possui uma metodologia sistematizada pelos fundadores da entidade e educadores Lillian Pacheco e Marcio Caires, a Pedagogia Griô, que interage educação e tradição oral e tem como foco o empoderamento da identidade, o vínculo com a ancestralidade e a luta pelos direitos à vida. “Com o convite para participar do seminário, nos sentimos solidarizados com entidades e projetos que sonham e constroem uma América Latina livre. E com um representante religioso que luta pela diversidade dos povos, a justiça e o direito à vida. A vida e a história do papa Francisco sempre esteve aliada a posturas políticas inclusivas, sonhos e ações humanitária e justiça social”, afirmou Lillian.
Jornal da Chapada