O café da Chapada Diamantina, produzido nas montanhas localizadas no coração da Bahia, tem contribuído diretamente para a exportação e apresentação de um café premiado no mundo inteiro. A região começa a ganhar notoriedade internacional não só pelo turismo, mas também pela sua produção reconhecida de cafés gourmet e especial, categorias da bebida e dos grãos considerados de excelência, que têm atraído apreciadores e baristas de todo o mundo. A qualidade é o grande diferencial do café que é produzido e comercializado por pequenos agricultores de cidades da região – e eles vêm trabalhando para manter esse reconhecimento do mercado.
Nove produtores de café da Chapada Diamantina estão em processo de renovação da certificação orgânica, através do projeto “Crescer no Campo Café Chapada Diamantina”. A certificação está sendo realizada com a parceria do Sebrae, dentro do programa de inovação e tecnologia Sebraetec, e vai contemplar produtores dos municípios de Barra da Estiva, Ibicoara, Abaíra e Seabra.
Luca Allegro, produtor e sócio-gerente do Café Latitude 13, está renovando a certificação e falou sobre a importância do selo. “A certificação é de extrema importância. É a única maneira para que o produto seja considerado realmente orgânico em toda a cadeia. Não usar agrotóxico, preservar o meio ambiente, produzir com menos impacto ambiental e agregar valor ao produto são algumas das vantagens de ser certificado”, avalia. Produzido na região de Ibicoara, na Chapada Diamantina, o café orgânico gourmet Latitude 13 detém certificações nacionais e internacionais e segue a tendência de produção sustentável, com qualidade superior.
A presidente da Cooperativa de Produtos Orgânicos e Biodinâmicos da Chapada Diamantina (Cooperbio), Brígida Salgado, ressalta a importância de estar habilitado a produzir, colher e comercializar um produto reconhecidamente orgânico. “O Sebrae nos ajuda de forma efetiva na busca da certificação através do Sebraetec. Os produtores estão sempre se qualificando para conseguir a licença, que tem duração de um ano, e certifica as empresas quanto às normas de produção orgânica”, ressalta.
Para a técnica do Sebrae em Seabra Márcia Souza, a certificação garante que o café é produzido dentro das normas técnicas de manejo e produção. “Com a certificação orgânica, o produtor agrega valor ao café. É um selo que garante procedência, qualidade e preço diferenciado ao produto. Estamos seguindo com a certificação para contemplar novos produtores e aumentar o número de cafés certificados na Chapada”, enfatiza a técnica.
A Certificação de Produtos Orgânicos é concedida por uma Certificadora, devidamente credenciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO); assim como os Organismos Participativos de Avaliação da Conformidade Orgânica (OPAC) deverão ser precedidos de auditoria, sob responsabilidade da Coordenação de Agroecologia (COAGRE), que asseguram por escrito que determinado produto, processo ou serviço obedece às normas e práticas da produção orgânica. A certificação é apresentada sob a forma de um selo afixado ou impresso no rótulo ou na embalagem do produto, com validade de um ano. As informações são da Agência Sebrae de Notícias Bahia.
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