A Secretaria de Ação Social e Cidadania (Seas), do município de Itaberaba, na Chapada Diamantina, administrado prefeito Ricardo Mascarenhas (PSB), por meio do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram), realizou, na última semana, um evento para celebrar o ‘Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americano e Caribenha’, celebrado anualmente em 25 julho. No Brasil, a Lei nº 12.987/2014 foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, como o ‘Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra’.
O encontro foi realizado no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Hercília Dias Mascarenhas, localizado na Praça João Almeida Mascarenhas, na Feira Nova, e mobilizou a participação de diversas autoridades, civis e militares, para reafirmar a luta política de combate à violência, ao racismo e ao preconceito contra as mulheres negras, valorizando a sua identidade, história e cultura. Para a secretária municipal de Comunicação, Ana Fabrícia de Mattos, a celebração é importante por chamar a atenção da sociedade para a causa que, segundo ela, é de todas as mulheres.
“Estamos aqui para reafirmar as políticas em favor das mulheres negras. Quando se fala, por exemplo, em violência doméstica, que atinge a maior parte das mulheres no Brasil, no caso das mulheres negras isso é ainda pior por conta, certamente, dessa condição”, disse Ana Fabrícia. A coordenadora do Cram, Ilza Pereira, destacou a importância de se comemorar a data no fortalecimento das mulheres negras, reforçando os seus laços afetivos e identitários, dando maior visibilidade a sua luta.
“O nosso papel, enquanto profissionais que atuam na causa, é ampliar a visibilidade dessas ações, fortalecendo a luta dessas mulheres contra o racismo, o machismo e a misoginia que, infelizmente, ainda existem em nossa sociedade”, observou a coordenadora. Já a subtenente da Polícia Militar, Daílda, que representou o 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM), afirmou que Polícia Militar da Bahia já vem, há muitos anos, abrindo espaço para as mulheres dentro da corporação.
Segundo ela, “hoje a nossa corporação conta com muitas mulheres afrodescendentes. Isso é uma conquista para todas nós porque sabemos o quanto é difícil para a mulher se firmar no mercado de trabalho, sobretudo por conta da cultura machista que infelizmente ainda faz parte de nossa realidade”, ponderou a subtenente. As informações são da Secom.