Proprietários de cães que moram no Vale do Capão, distrito do município de Palmeiras, na Chapada Diamantina, estão preocupados com o surto de cinomose que acontece no local. A cinomose é uma doença causada por um vírus, altamente contagiosa, mas não é uma zoonose, ou seja, não atinge aos humanos. No entanto, a doença tem levado muitos cães à morte na área do Capão.
Para Thaís Cunha, do grupo Bichos do Capão, que cuida de animais em situação de rua na localidade, é preciso cuidar dos cães antes que a doença se manifeste de forma grave. “Tem tratamento, mas a depender do estágio da doença, o animal não sobrevive”, disse ao Jornal da Chapada. “Quanto antes detectar a doença e iniciar o tratamento, melhor”, pontuou. Ela afirmou que, pelo menos, 10 animais já morreram no Capão em decorrência da cinomose.
No estágio inicial da doença, o animal pode apresentar perda de apetite, corrimento ocular e nasal, diarreia, vômito, dificuldade para respirar e febre. Já na fase crônica o vírus compromete o sistema nervoso e o animal pode ficar cambaleante, apresentar tiques nervosos, ter convulsões e paralisias. A doença é grave e, na maioria dos casos, cruel. Se o seu animal apresentar um ou mais sintomas mencionados acima, procure um veterinário. A doença evolui rapidamente, o quanto antes iniciar o tratamento, maiores as chances de salvar a vida do bichinho.
Prevenção e mutirão
A melhor prevenção são as vacinas que protegem os cães da cinomose. Normalmente a primeira dose é dada com 45 dias de vida do animal. Mais duas ou três doses são dadas enquanto o cão ainda é filhote, depois disso é preciso manter o reforço anual.
O grupo Bichos do Capão, inclusive, está organizando um Mutirão de Saúde, que acontecerá entre a próxima segunda-feira (27) até quinta (30), na Rua da Harmonia, com atendimento clínico, vacinação de cães e gatos, castrações e venda de remédios anti-pulga.
Jornal da Chapada