Solicitar uma faxina, ou qualquer outro tipo de serviço de limpeza, com um grupo de diaristas que atua na cidade de Teixeira de Freitas, no sul da Bahia, não é algo tão convencional. Isso ocorre porque parte da equipe é formada por homens. Os profissionais são funcionários da empresa Salomão Equipe de Diaristas, que existe há sete meses e que, nos últimos dez dias, passou a oferecer mão de obra masculina para efetuar serviços que ainda são feitos, na maioria dos casos, por mulheres. Além da cidade, a empresa atende também em municípios vizinhos.
Entre os serviços oferecidos estão limpeza de forros, faxina de casas e apartamentos, além de limpeza de escritórios e locais de festas. O preço cobrado varia de R$ 50 a R$ 80, dependendo da carga horária do serviço. No momento da contratação, o cliente escolhe se quer um ou uma diarista. A empresa foi criada por Luiz Carlos Salomão do Nascimento, de 35 anos, que era mecânico antes de investir no negócio. Agora, além de administrar a equipe, o empresário também auxilia os funcionários nas faxinas.
Luiz Carlos contou como surgiu a ideia que, segundo ele, tem proporcionado oportunidades de emprego também para homens com habilidades em limpeza na cidade. “Quando deixei o serviço como mecânico, eu comecei vendendo produtos de limpeza, mas aí surgiu a ideia de ter a empresa. Tudo começou quando um colega meu, um advogado, me ligou perguntando se não tinha alguém para limpar o escritório dele. Eu conhecia uma moça que estava desempregada e pensei nela. Eu a chamei e fui junto. Na época, eu tinha dois uniformes. Vesti um e dei um a ela. Depois disso, eu resolvi criar a empresa e passei a contratar outras mulheres e homens também”, contou.
Atualmente, a equipe tem sete mulheres e quatro homens. No entanto, de acordo com o empresário, a ideia é tornar os números equivalentes. Luiz Carlos conta que, além dos serviços de limpeza, a empresa dele contribui para a quebra do preconceito. Nas redes sociais, o empresário divulga os serviços do grupo e também levanta o questionamento. Em uma publicação feita em um grupo de vendas, nas redes sociais, Luiz escreveu: “Quem disse que homem também não pode dar faxina? Vamos quebrar esse preconceito e dar oportunidade a quem precisa trabalhar para sustentar seus filhos”. Jornal da Chapada com informações do G1BA.