O ex-governador do Paraná Beto Richa, candidato ao Senado pelo PSDB, foi preso na manhã desta terça-feira (11) em Curitiba. Richa é alvo de duas operações, uma realizada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), pela qual foi preso, e outra da Polícia Federal (PF), em uma nova fase da Lava Jato. Por conta da 53ª etapa da Lava Jato, a casa de Beto Richa foi alvo de mandado de busca e apreensão. A defesa do político tucano informou, por meio de nota que, até agora não sabe qual a razão das ordens judiciais e que ainda não teve acesso à investigação.
Também foram presos Fernanda Richa, esposa de Beto e ex-secretária da Família e Desenvolvimento Social, Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete do ex-governador, Pepe Richa, irmão de Beto Richa e ex-secretário de Infraestrutura, Ezequias Moreira, ex-secretário de cerimonial do político, Luiz Abib Antoun, parente de Richa, Edson Casagrande, ex-secretário de Assuntos Estratégicos, e Celso Frare, empresário da Ouro Verde. As prisões são temporárias, com validade de cinco dias. Ao todo, são 15 mandados de prisão.
A investigação do Gaeco é sobre o programa Patrulha do Campo, que faz a manutenção das estradas rurais. A operação foi batizada de “Rádio Patrulha”. Com exceção de Antoun, detido em Londrina, no norte do Paraná, os demais foram presos em Curitiba. Deonilson Rodo é réu na Lava Jato e também foi alvo de prisão da PF. O empresário Joel Malucelli, dono da J. Malucelli, é outro alvo de prisão do Gaeco.
Contudo, até a última atualização desta reportagem, ele não tinha sido localizado. Ele também é dono da Band, da BandNews, da CBN e do Metro Jornal, em Curitiba. As empresas Cotrans, Ouro Verde e J. Malucelli são investigadas por fraude no programa Patrulha do Campo. Por meio de nota, a J. Malucelli Equipamentos negou a participação em qualquer irregularidade e disse que não firmou qualquer contrato com o Governo do Paraná relacionado às Patrulhas Rurais.
Lava Jato
Batizada de “Piloto”, a 53ª etapa da Lava Jato cumpriu 36 mandados judiciais em Salvador (BA), São Paulo (SP), Lupionópolis (PR) Colombo (PR) e Curitiba (PR). O codinome “Piloto”, de acordo com a força-tarefa da Lava Jato, se refere a Beto Richa na planilha da Odebrecht.
A investigação apura um suposto pagamento milionário de vantagem indevida em 2014 pelo setor de propinas da Odebrecht em favor de agentes públicos e privados no Paraná, em contrapartida ao possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da PR-323. Ainda segundo a PF, os crimes investigados na atual fase são corrupção ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de dinheiro. Jornal da Chapada com informações de G1PR.