O engenheiro agrônomo, presidente da associação comunitária dos irrigantes do Vale do Rio Utinga, Nelson Matias da Silva, esteve no seminário sobre a cultura da Lima Ácida (Limão Tahiti) realizada no último fim de semana em Utinga, município da Chapada Diamantina. Na oportunidade, Matias, que atua há 40 anos na região como pesquisador, participou do evento para avaliar as possibilidades de introdução do limão na região, diante da crise hídrica estabelecida na microbacia do Rio Utinga. Apesar do limão ser irrigado, assim como os plantios de banana, a fruta cítrica necessita de uma quantidade de água menor, segundo os especialistas.
“Aqui tem poucos plantios, mas agora temos uma oportunidade. Isso em função de dois pilares que se apresentam. Primeiro a situação do cultivo da banana, que está em um declínio no mercado e sem perspectivas de melhora. E o limão se contar com uma situação satisfatória, uma vez que há uma empresa conceituada, de peso, disposta a firmar o compromisso de aquisição da produção. Então você entrar no cultivo onde já tem sua produção assegurada no mercado é extremamente vantajoso”, contou Nelson ao Jornal da Chapada.
Parceiros financeiros estiveram presentes no evento, confirmando a intenção de cooperação econômica. “O. Banco do Brasil e o Banco do Nordeste tiveram espaço para expor e mostrar as linhas de crédito que têm”, disse Matias. Para o engenheiro agrônomo, além desse tipo de atuação, é preciso que os produtores organizem suas produções. “Os produtores têm seus cultivos muito individualizados, desorganizados. Não seguem regras, não seguem limites. e nosso rio, embora seja um dos poucos rios perenes no Brasil que não modifica sua vazão, tem um limite. E as pessoas estão ultrapassando esse limite”, indicou. Ele reafirmou que há necessidade de uma formatação, com um planejamento de gestão.
Jornal da Chapada