O segundo turno entre os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) para a presidência da República vai esquentar a política nacional. Bolsonaro teve 46,03% dos votos válidos (mais de 49 milhões de votos), enquanto Haddad obteve pouco mais de 31 milhões, ou 29,28%. Os dois voltam a se enfrentar no dia 28 de outubro. Em terceiro lugar ficou Ciro Gomes (PDT), com apenas 12,47%. Ele é seguido por Geraldo Alckmin (PSDB), com 4,76% e João Amoedo (Novo), com 2,50%. Os votos em branco somam 2,65% e os nulos, 6,14%. A abstenção registrada é 20,32%.
Os candidatos Bolsonaro e Haddad não param e tiveram agendas distintas nesta segunda (8). Bolsonaro permaneceu em casa, em um condomínio na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, como fez ao longo do primeiro turno. Haddad foi a Curitiba, onde se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e concederá entrevista. Seguindo o costume consolidado na campanha eleitoral, Bolsonaro e os filhos Flávio, eleito senador pelo Rio de Janeiro, e Carlos, também vitorioso para a Câmara, utilizaram as redes sociais para se comunicar com o público.
Na conta pessoal de Flávio Bolsonaro, o senador eleito agradeceu os votos obtidos pelo pai. “Muito obrigado aos quase 50 milhões de brasileiros que confiaram o voto a @jairbolsonaro , em especial ao povo do Nordeste, que nos deu votação surpreendentemente alta, elegendo, inclusive, deputados do PSL que se candidataram pela 1ª vez – uma grande demonstração de confiança”, disse.
Entrevista
Haddad está em Curitiba onde chegou cedo à Superintendência da Polícia Federal, para visitar Lula, preso desde 7 de abril por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, cumprindo pena de 12 anos e um mês. A candidata a vice-presidente Manuela d’Ávila (PCdoB) não acompanhou o candidato do PT na viagem.
Após a reunião com o ex-presidente, a assessoria de Haddad confirmou que ele concederá uma entrevista coletiva, transmitida ao vivo pelo site do PT Nacional, PT Paraná e página oficial da campanha. No domingo (7), Haddad afirmou que “muita coisa está em jogo” no atual pleito. “Esta eleição coloca muita coisa em jogo. O próprio pacto da Constituinte de 1988 está em jogo em função das ameaças que sofre quase diariamente.”