A reunião de conjuntura do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para essa segunda etapa da eleição presidencial aconteceu em Salvador, nesta quinta-feira (18), com a presença de lideranças políticas de diferentes regiões da Bahia. O vereador da capital, Luiz Carlos Suíca (PT), foi um dos presentes que defendeu os movimentos sociais, principalmente os da região nordeste, e disse que eles serão decisivos neste segundo turno. Para Suíca, o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), vai comandar a virada mais surpreendente que o país já viu em um pleito para presidente.
“Vamos para as ruas. Essa semana tem manifestação das mulheres contra o ‘candidato da ditadura’. Não podemos nos fechar e fingir que nada está acontecendo. O país caminha para a beira do abismo e precisamos tomar as rédeas desta situação antes que seja tarde demais para mudar. Uma eleição é muito importante e o que está em jogo é a democracia, é a vontade do povo pobre. Mas as forças hegemônicas deste país querem que o Brasil volte ao tempo da escravidão, da chibata e da tortura. E isso, os movimentos sociais e todos da esquerda brasileira não vão deixar que aconteça”, salienta o edil petista, ao lado dos dirigentes nacionais do MST João Pedro Stédile e Evanildo Costa.
Suíca ainda aponta para as propostas que visam retirar direitos dos trabalhadores. Ele frisa que as minorias no país correm sérios riscos caso o candidato Jair Bolsonaro (PSL) seja eleito. “Mulheres, gays, negros, sem-terra, e tantas frentes que lutam por igualdade neste país serão ainda mais massacrados. Agora o momento é de muita cautela, os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, assim como a nossa Constituição, não devem ser contestados, e estão em riscos. Dizer que o 13º salário é um problema para o país é tirar do pobre para dar aos ricos e é isso que eles querem fazer. Nós não vamos permitir”, completa.