Dois policiais militares, lotados em Livramento de Nossa Senhora, no sopé da Chapada Diamantina, foram acionados pelo Ministério Público estadual (MP-BA) por abuso de autoridade e lesão corporal. Caso a Justiça acate o pedido do MP, um deles pode ser afastado liminarmente por intimidação de testemunhas. O promotor de Justiça Ruano Fernando da Silva Leite pede que a Justiça determine o afastamento de um dos réus e suspenda seu porte de arma. Ele e o outro acusado foram acionados pelo uso de violência excessiva contra Neilson Coelho Pires, agredido durante uma partida de futebol.
Conforme a ação no dia 11 de setembro de 2017, os réus faziam o policiamento durante uma partida de futebol no Estadio Edílson Pontes, quando foram acionados para controlar um tumulto entre torcedores na arquibancada. Segundo o promotor Ruano Leite, durante a abordagem, os policiais “agrediram Neilson com golpes de cassetete na cabeça, costas e braço”.
Durante a intervenção, populares e outros policiais teriam pedido para que os réus parassem com as agressões, mas os policiais levaram a vítima para fora do estádio, onde “as agressões continuaram”, relata o membro do MP. A ação junta aos depoimentos de testemunhas, imagens de câmera de circuito interno e gravações ambientais de áudio que “evidenciam agressões quando a vítima já estava caída ao chão”.
O promotor de Justiça esclarece que a ação não questiona a intervenção no momento do tumulto, mas busca responsabilizar os policiais que “empregaram violência desmedida e injustificada, mesmo diante do apelo dos próprios colegas e populares”. As informações são do MP-BA.